Com mais de mil casos da doença registrados, o Brasil teve nesta sexta-feira (29) a primeira morte por varíola dos macacos confirmada. O paciente, um homem de 41 anos, morreu em Belo Horizonte, Minas Gerais,
Diante do caso, o Ministério da Saúde esclareceu que se trata de algo ainda incomum, visto que a morte foi causada por um conjunto de fatores, incluindo problemas pré-existentes no quadro do paciente.
Morte por varíola dos macacos no Brasil: entenda o caso
Nesta sexta-feira, a notícia de que o Brasil havia registrado a primeira morte por varíola dos macacos foi recebida com apreensão. Em nota, o Ministério da Saúde esclareceu que o caso não é um sinal de aumento na gravidade da doença no País. De acordo com a Agência Brasil, o quadro entrou em declínio devido à infecção por varíola dos macacos, mas já era grave anteriormente.
Segundo o Ministério, a causa da morte do homem, que tinha 41 anos, foi choque séptico, quadro de infecção generalizada que gera falência dos órgãos, tudo ocasionado por uma combinação de fatores. Ao contrair a varíola, o paciente estava tratando um câncer e, como consequência, era imunossuprimido – ou seja, tinha o sistema imunológico, que defende o corpo de infecções, enfraquecido devido ao tratamento.
Conforme já informado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em diversas ocasiões, pessoas imunossuprimidas estão, junto de crianças e gestantes, entre os grupos mais vulneráveis quando se trata de varíola dos macacos e devem ser, quando houver chances de imunização, priorizadas. Ainda segundo a OMS, a taxa de letalidade (proporção de mortes em relação a casos diagnosticados) da cepa prevalente de “monkeypox” no mundo gira em torno de 3.6%.
Vacinação contra varíola dos macacos no Brasil
Um dia antes da primeira morte por varíola dos macacos ser confirmada, o Ministério da Saúde informou, em nota, que vai instaurar um órgão especial para acompanhar a situação epidemiológica da “monkeypox”. O Centro de Operações em Emergências será responsável, por exemplo, por traçar um plano de vacinação contra a varíola dos macacos no Brasil – e, segundo uma solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a previsão é de que o País receba 50 mil doses do imunizante.