Vírus mão-pé-boca em adultos: pode acontecer?

Embora seja muito mais comum na infância, ela pode acometer pessoas de todas as idades

Você já ouviu falar do vírus mão-pé-boca? Muito conhecido entre os pais dos pequenos, ele causa uma doença um tanto incômoda e que pode trazer dificuldade em se alimentar. No entanto, não são só os pequenos que podem contrair a doença, que é altamente contagiosa.

Entenda mais sobre ela, seus sintomas e como se previnir.

Adultos podem contrair vírus mão-pé-boca?

(Crédito: freepik/freepik)

Embora seja mais comum em crianças, o vírus mão-pé-boca também pode afetar adultos. Causada por diversos vírus, a doença é altamente contagiosa, o que acaba levando muitos pais ou parentes próximos de crianças infectadas a também contraírem a doença.

No entanto, adultos assintomáticos, com vírus incubado ou que já tenham até se curado podem transmitir a doença para outros adultos, sem que esses tenham contato com crianças infectadas. A transmissão do vírus se dá através do contato direto com lesões ativas, secreções orais, secreções respiratórias e ingestão de alimentos contaminados com fezes ou secreções com o vírus, como explica a infectologista Dra. Keilla Mara de Freitas.

Os sintomas costumam se apresentar entre dois e sete dias após o contato com o vírus. Entre eles, estão:

  • manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas na boca, amígdalas e faringe,
  • pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas também nas nádegas e na região genital,
  • febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões.

Com isso, é muito comum que os infectados tenham dificuldade de engolir, o que pode causar desidratação e desinteresse em se alimentar corretamente. Além disso, é possível ter o surgimento de mal-estar, diarreia e vômito.

Entre as possíveis complicações estão a miocardite, inflamação do coração, pneumonite intersticial, edema pulmonar, úlceras, inclusive nos olhos, e outras inflamações no corpo. No entanto, todas elas tendem a ser mais raras.

Como prevenir?

Como não existe uma vacina para prevenir a doença, a higiene pessoal tende a ser a maior aliada na prevenção. Evite o contato das mãos com a boca, nariz e olhos sem lavá-las antes.

Além disso, evite dividir objetos pessoais, mantenha os ambientes e objetos sempre limpos, principalmente aqueles que tiveram contato com secreções de outras pessoas. A higienização de frutas e verduras também é muito indicada.

Em caso de um diagnóstico positivo, é importante o isolamento por, pelo menos, sete dias após o início dos sintomas.

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