Diante do aumento constante de casos da chamada varíola dos macacos pelo mundo nos últimos meses, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se pronunciou recentemente. Em meio à circulação do vírus causador em países onde ele não costumava se apresentar, o órgão sugeriu algumas medidas simples de prevenção – tudo visando adiar a chegada da doença no Brasil.
Varíola dos macacos: Anvisa sugere ações para adiar chegada da doença
Descrita por órgãos de saúde como uma zoonose silvestre (ou seja, que circula principalmente entre animais), a varíola dos macacos teve seu primeiro caso humano registrado nos anos 70 e, desde então, permaneceu endêmica, limitada a partes da África Ocidental e Central. No último mês, porém, casos da doença foram reportados em diversos países – e, apesar de ela ainda não ter chegado ao Brasil, a situação levou a Anvisa a se pronunciar.

Pouco após casos suspeitos da doença serem reportados na Argentina, o órgão emitiu uma nota na qual sugere a adoção de certas ações de prevenção. “Medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças”, afirma a nota do órgão, frisando que, a princípio, fica sugerida a adoção destas medidas em aeroportos e aeronaves.
Por fim, a Anivsa frisou também que o órgão se mantém “alerta e vigilante quanto ao cenário epidemiológico nacional e internacional, acompanhando os dados disponíveis e a evolução da doença, a fim de que possa ajustar as medidas sanitárias oportunamente caso seja necessário à proteção da saúde da população”.

Varíola dos macacos: o que é, casos pelo mundo e mais
De sintomas parecidos com os da varíola humana, erradicada nos anos 40 após se mostrar uma das doenças mais mortais já documentadas, a varíola dos macacos é uma condição caracterizada por febre, dores de cabeça, fadiga e erupções cutâneas. Até recentemente, a doença costumava ser endêmica de regiões na África Ocidental e Central, mas, conforme reportado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 12 nações notificaram casos da varíola dos macacos durante o último mês. Atualmente, eles já passam dos 130.
Conforme a doença se espalha rapidamente por diversos países, a OMS permanece vigilante e orienta não só a notificação dos casos, mas o isolamento de pessoas afetadas pela doença e busca por informações de confiança especialmente por trabalhadores da área da saúde, que apresentam mais risco de contágio. A organização frisa ainda que, até agora, não há mortes relacionadas ao surto de varíola dos macacos, e que a vacina contra varíola é eficaz contra esta variação da doença.
