A atriz Olivia Newton-John, que se tornou mundialmente conhecida por estrelar o filme “Grease – Nos tempos da brilhantia”, ao lado de John Travolta, morreu na última segunda-feira (8), aos 73 anos, em sua casa, localizada no sul da Califórnia, Estados Unidos.
A causa da morte não foi informada ao público, é sabido, no entanto, que a artista conviveu com um câncer de mama por muitos anos. Em sua luta contra a doença, que chegou a gerar metástases, Olivia passou por diversos tratamentos e fundou um instituto dedicado ao tratamento da doença.
Olivia Newton-John lutou contra câncer por 30 anos
A atriz foi diagnosticada pela primeira vez em 1992. A doença entrou em remissão, mas voltou a aparecer em 2013 e 2017, por se tratar de um câncer metastático, ou seja, que se espalha para outras partes do corpo. A doença se alastrou como uma metástase óssea para a região das costas da artista.
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Ao longo dos anos, ela precisou passar por diversas sessões de quimioterapia, além de procedimentos como mastectomia parcial e até mesmo reabilitação para reaprender a andar, visto que uma das metástases fraturou a base de sua coluna.
Apesar de parecer atípico que um câncer se prolongue por tanto tempo, casos como o de Olivia não são uma raridade quando se trata de cânceres metastáticos. O mastologista Carlos Ruiz, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, afirma que a ideia dos tratamentos para cânceres que se espalham é que, justamente, eles se tornem doenças crônicas controláveis.
“O que cronifica o câncer de mama é a resposta ao tratamento. Então, por exemplo, existem pessoas que passam dez anos muito bem convivendo com o câncer, e de repente o tumor para de responder às terapias, então é necessário introduzir outra droga para que ele volte a ficar controlado”, explica. Ele afirma ainda que cânceres de mama menos agressivos permitem uma sobrevida mais longa, uma vez que as recidivas são mais tardias, como aconteceu com Olivia.
Após o diagnóstico de 2017, Olivia, que ainda trabalhava como cantora e compositora, precisou se afastar dos palcos devido à progressão de sintomas. Desta vez, para tratar a doença, ela realizou procedimentos de quimio, radioterapia, além da associação de morfina para amenizar a dor.
Olivia adotou uma vida pacata e passou a morar em seu rancho, localizado na Califórnia, realizando alguns m disso, ela começou um tratamento com cannabis medicinal para conter as dores do câncer.
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Por conta disso, ela idealizou a instituição ONJ Foundation Fund, com o objetivo de estudar e descobrir métodos de tratamentos para o câncer por meio da medicina natural e fitoterapia.
Em 2021, à publicação britânica You Magazine, a artista afirmou que não precisava mais tomar opióides para aliviar as dores. Além disso, ela conseguiu passar pelas terapias sem sequelas, mesmo após fraturar a base da coluna.
Câncer de mama pode se tornar doença crônica e controlada
Segundo o mastologista, mulheres que sofrem com câncer de mama metastático geralmente são orientadas a buscarem tratamentos sistêmicos, ou seja, que atinjam todo o organismo a fim de conter a evolução de qualquer célula cancerígena.

“Quimioterapia, imunoterapia e, eventualmente, drogas mais modernas têm trazido uma condição de sobrevida global maior para essas pacientes porque são capazes de conter a doença, evitando o desenvolvimento”, afirma.
Ele explica ainda que algumas metástases, como as ósseas, são mais fáceis de tratar e possuem maior chance de se tornarem crônicas e, portanto, controláveis. “Metástases viscerais, ou seja, pulmão e fígado eventualmente sistema nervoso central são mais agressivas pois essas regiões são mais vascularizadas e estão propensas a receber células cancerosas”, explica.
Apesar disso, não são todas as mulheres que têm a mesma qualidade de vida na luta contra o câncer de mama, especialmente por conta do tratamento, que pode ser agressivo.

“As medicações usadas, em certo grau e medida, são tóxicas. Hoje nós sabemos que muitas drogas podem causar alterações no sistema nervoso central, na área da cognição por exemplo, e tudo isso deve ser colocado na balança. O tratamento não pode ser pior do que a própria doença”, ressalta.
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