Uma nova doença viral batizada como “gripe do tomate” começou a se espalhar pela Índia em maio de 2022. Uma pesquisa recém-publicada sobre o quadro explica que, apesar de ser parecido com a Covid-19, Chikungunya e doença mão-pé-boca, as doenças são diferentes, e o novo quadro é chamado assim pois causa o aparecimento de erupções cutâneas avermelhadas.
Gripe do tomate: o que é?
Um artigo, publicado no periódico científico The Lancet, explica que um novo vírus que causa a gripe do tomate surgiu na Índia, no estado de Kerala, em maio de 2022. Ele afeta principalmente crianças menores de 5 anos, mas não apresenta riscos à vida.
Ao todo, 82 crianças menores de 5 anos foram infectadas em Kerala e 26 outros casos foram registrados em Odisha, na região leste do país.
A doença apresenta sintomas semelhantes aos da Covid-19, visto que ambas manifestam febre, fadiga e dores no corpo, mas o novo quadro também gera erupções cutâneas avermelhadas que podem ficar do tamanho de um tomate.
O artigo afirma que a gripe do tomate pode ser uma variante da doença viral comum na infância intitulada mão-pé-boca, causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus habitantes do sistema digestivo. Assim como a nova gripe, a doença mão-pé-boca, também causa erupções cutâneas dolorosas.
Quais os sintomas da gripe do tomate?
Os pesquisadores também analisaram a hipótese do quadro ser um efeito pós-chikungunya e dengue em crianças, já que os principais sintomas são febre alta, erupções cutâneas avermelhadas e doloridas e dores intensas nas articulações.
Crianças da região que apresentaram esses sintomas passaram por testes moleculares e sorológicos para diagnóstico do zika vírus, dengue, chikungunya, catapora e herpes. Uma vez que todos foram descartados, confirmou-se o aparecimento da nova gripe.
A pesquisa frisa, também, que as crianças estão mais expostas a contraírem a gripe do tomate pois infecções virais são mais comuns na infância. Além disso, acredita-se que o contágio se dá por meio de contato próximo
Ainda de acordo com os especialistas, a doença é autolimitada, ou seja, costuma curar-se sozinha. Também não existem medicamentos, vacinas ou antivirais para o tratamento dos sintomas, por isso, os médicos recomendam isolamento de 5 a 7 dias após o início dos sintomas, descanso e ingestão de líquidos.
Os pesquisadores afirmam que a prevenção da doença é feita, principalmente, pela manutenção da higiene. Então, recomenda-se a lavagem das mãos, além da limpeza do ambiente e evitar que a criança infectada compartilhe roupas, alimentos e itens pessoais com outras.
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