Cientistas do Reino Unido criaram um método que pode determinar com 98% de precisão se uma pessoa sofre de Alzheimer. O diagnóstico é obtido a partir de uma única ressonância magnética e usa inteligência artificial. Os resultados das descobertas foram publicados no periódico Nature Communications Medicine em 20 de junho de 2022.
Um único exame pode diagnosticar Alzheimer
Para desenvolver o novo método, os pesquisadores dividiram o cérebro em 115 regiões e avaliaram cada região em busca de características-chave, como tamanho, forma e textura. Usando tecnologia de machine learning (aprendizado de máquina, na tradução literal), eles treinaram um algoritmo para identificar onde as alterações nesses recursos poderiam prever com precisão a presença da doença de Alzheimer.
A equipe testou a abordagem em exames cerebrais de mais de 400 pacientes com Alzheimer em estágio inicial e posterior, controles saudáveis e pacientes com outras condições neurológicas, incluindo demência e Parkinson.
Os cientistas descobriram que em 98% dos casos, apenas o sistema de aprendizado de máquina baseado em ressonância magnética poderia prever com precisão se o paciente tinha ou não Alzheimer. A técnica ainda foi capaz de distinguir a doença em estágio inicial e avançado com precisão bastante alta, em 79% dos pacientes.
“Atualmente, nenhum outro método simples e amplamente disponível pode prever o Alzheimer com esse nível de precisão, então nossa pesquisa é um importante passo à frente”, disse em comunicado à imprensa Eric Aboagye, PhD, professor do Imperial College London e líder da pesquisa.
De acordo com os estudiosos, o trabalho científico ainda tem caráter experimental e a ferramenta não está totalmente pronta para ser usada como um teste independente para o diagnóstico de Alzheimer.