Doença afeta o cérebro e faz com que paciente necessite de ajuda para realizar até as atividades mais simples
Diagnosticado com demência frontotemporal (DFT) entre 2022 e 2023, Bruce Willis optou por se afastar dos holofotes antes que a doença se agravasse. Depois disso, as atualizações de sua saúde acontecem esporadicamente através de algum familiar. No Brasil, o jornalista Maurício Kubrusly repetiu o mesmo movimento ao receber o seu diagnóstico.
Como vive uma pessoa com demência frontotemporal?

De fato, a DFT é uma condição que pode causar um impacto muito grande na vida do paciente e de seus familiares, se tornando algo difícil de ser assistido. Mais do que a memória, ela pode afetar comportamento, fala e até mesmo dinâmicas sociais apreendidas anteriormente, por exemplo. Entenda abaixo melhor como uma pessoa com esse diagnóstico vive ao longo do agravamento da doença.
Consequências da demência frontotemporal
+ Dificuldade de raciocínio;
+ Perda de interesse em atividades do cotidiano;
+ Comportamento social inadequado:
+ Perda de compreensão da fala e de formulação de frases;
+ Tremores e dificuldade de locomoção.
As alterações de comportamento fazem parte da variante comportamental. Nela, a pessoa passa a apresentar dificuldade de raciocínio e perde o interesse por atividades do dia a dia.
Além disso, é comum que o paciente comece a apresentar um comportamento desinibido, impulsivo e socialmente inadequado. Nesse ponto, o contato com o mundo além da própria casa já é prejudicado.
A afasia progressiva primária (AFP) é a variante que afeta a fala. Inicialmente, a pessoa não consegue encontrar as palavras ou passa a usar um vocabulário menos complexo. Com o passar do tempo, o paciente perde de compreensão e de formular frases, tornando a comunicação impossível.
Há ainda variantes que afetam os movimentos do corpo que podem causar desde tremores como os do Parkinson até dificuldade de locomoção, por exemplo.
Dessa maneira, é muito comum que o paciente perca a capacidade de viver sem acompanhamento de um cuidador, não sendo capaz de falar, comer, tomar banho e praticar as atividades mais cotidianas.