
Começa nesta segunda-feira (23) a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe para idosos e profissionais da saúde. Apesar de não imunizar contra o novo coronavírus, a medida pode ajudar o governo a lidar melhor com a crise causada pela pandemia, uma vez que pode reduzir o número de internados em hospitais e também aumentar a eficácia do diagnóstico de COVID-19, cujos sintomas são similares aos da gripe.
Após a primeira fase, a campanha contará com mais duas etapas: de imunização dos doentes crônicos, professores e profissionais das forças de segurança e salvamento a partir de 16 de abril, e depois, a partir de 9 de maio, das crianças entre 6 meses e 6 anos, pessoas com 55 a 59 anos, gestantes e puérperas, pessoas com deficiência, povos indígenas, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
Vacina para a gripe é recomendada em meio à pandemia de COVID-19

Com base na evolução dos casos de COVID-19, a doença desencadeada pelo SARS-CoV-2, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra a gripe. Embora a imunização para a influenza vise a proteção para três tipos de vírus (H1N1, H3N2 e Influenza B) e não apresente eficácia contra o SARS-CoV-2, o governo explica que esta é uma forma de reduzir a demanda de pacientes com sintomas respiratórios e, assim, acelerar o diagnóstico para COVID-19.
Além desta, outras orientações importantes contra a difusão do novo coronavírus são: manter uma rotina de higienização das mãos, seguir etiqueta respiratória, reduzir o contato social e evitar abraços, beijos no rosto e apertos de mãos.
Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe terá duração de dois meses. A meta é vacinar 67,6 milhões de pessoas no País.
De acordo com o Ministério da Saúde, em um primeiro momento, serão vacinados os idosos e os trabalhadores de saúde, que atuam na linha de frente do atendimento à população.
A decisão é uma medida de proteção a esses públicos, em especial aos idosos, já que a vacina é uma proteção aos quadros de doenças respiratórias mais comuns.
Outra preocupação é evitar que as pessoas acima de 60 anos, público mais vulnerável ao coronavírus, precise fazer deslocamentos no período esperado de provável circulação do vírus, no país.

A segunda fase da campanha começa no dia 16 de abril, quando serão imunizado os professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, além de doentes crônicos.
No dia 9 de maio, acontece o Dia D. Na data, o foco são as crianças de seis meses até seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com mais de 55 anos, gestantes, mães no pós-parto (até 45 dias após o parto), população indígena e portadores de condições especiais.
As pessoas que não fazem parte do público-alvo da campanha podem ser imunizadas por meio da rede privada.