Absorvente interno: 13 dicas funcionais para facilitar o uso

É normal sentir incômodo ou mesmo  dor ao colocar o absorvente interno, pois ele não é lubrificado e as paredes vaginais são rugosas, fazendo com que haja um grande contato e atrito do absorvente com a parte interna da vagina, o que gera desconforto. Para facilitar o uso, o ginecologista e obstetra Antonio Paulo Stockler dá algumas dicas. Veja na sequência de fotos.

Ficar em posições que relaxem a musculatura perineal ajuda na hora de colocar o absorvente interno. As melhores são: ficar de pé com uma das pernas apoiada sobre uma cadeira, sentada sobre os calcanhares, sentada no assento sanitário ou mesmo deitada e com as pernas levemente dobradas sobre o abdômen.

Para facilitar o deslizamento, o absorvente deve ser pressionado em direção às costas ao entrar na vagina, uma vez que a vagina é ligeiramente inclinada para trás. Se o deslizamento não ocorrer, deve-se tentar rodá-lo para a direita e para a esquerda para tentar vencer a resistência da vagina.

O absorvente íntimo possui tamanhos diferentes. Para escolher o tamanho certo para você, experimente primeiro um tamanho médio e coloque um absorvente normal na calcinha ao mesmo tempo. Caso ocorra vazamento em menos de quatro horas, o absorvente interno deve ser substituído por um de tamanho maior.

Existem alguns absorventes internos que vêm com uma espécie de aplicador. Outros têm uma película para deslizar mais fácil. Esses dois itens ajudam bastante na hora de colocá-lo.

O absorvente deve ser inserido o mais profundamente possível na vagina. Ao final da aplicação, nenhuma parte do absorvente deve ser visível ou sentida do lado de fora da vagina, somente o fio de retirada. 

Após a introdução, é normal sentir um certo incômodo. Porém, se estiver bem posicionado, o desconforto é logo interrompido, visto que a porção central da vagina onde ele ficará posicionado possui poucas terminações nervosas. 

Com o passar do dia e a absorção do fluxo menstrual, é normal sentir uma pressão na vagina, o que, inclusive, é uma dica de que chegou a hora de trocá-lo. Em geral, a capacidade não ultrapassa o período de quatro a oito horas. 

Mulheres com fluxo mais intenso devem trocá-lo em períodos mais curtos ou escolher modelos com maior capacidade de absorção. Além disso, o uso do mesmo absorvente por longos períodos pode aumentar o risco de infecção.

Se o desconforto for persistente, provavelmente é porque o absorvente não está bem posicionado. Retire-o e coloque outro absorvente.

Se for usar o absorvente interno durante à noite, deve ser colocado um novo logo antes de dormir e trocá-lo assim que acordar, evitando vazamentos. 

Em caso de contato com água, como praia ou piscina, é necessário trocar o absorvente em menor período, pois, da mesma forma que ele absorverá o fluxo menstrual, também irá absorver a água que entrar em contato com ele, ficando “cheio” mais rápido. 

A cordinha é costurada ao absorvente de forma a não ocorrer a sua ruptura. Mas, se acontecer de ela sumir, nada de desespero. Basta introduzir o dedo indicador e o dedo médio (ou polegar) na vagina como uma pinça e puxá-lo em direção à saída.

Não há risco de o absorvente se perder dentro do corpo. A entrada do colo do útero, por onde sai o fluxo menstrual, é menor do que a ponta de um palito de fósforo e só se abre na hora do parto. E como a musculatura que envolve todos os órgãos pélvicos mantém a vagina fechada, também não há risco de o absorvente deslizar ou sair durante o uso. 

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