2 sintomas agudos que Luciele di Camargo tem na TPM podem ser incapacitantes

por | abr 3, 2019 | Saúde

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Apesar de muita gente considerar a tensão pré-menstrual (TPM) e outros sintomas normalmente relatados por mulheres no período que precede a menstruação como uma “frescura”, esse momento é marcado por alterações hormonais que podem, sim, trazer sensações desagradáveis e impactar a qualidade de vida da mulher.

Luciele Di Camargo, influencer e irmã de Zezé Di Camargo, é uma das muitas que sofrem com manifestações incapacitantes no período. Usando o Instagram, ela abordou o assunto, enfatizando a existência da TPM e afirmando que, para ela, o período é marcado por sintomas bem específicos (e incômodos). “Aquela dor de cabeça unilateral da TPM e com pressão ocular alta que não te deixa abrir o olho”, escreveu ela na legenda de uma foto em que aparenta estar cansada e abatida.

Ainda que os sintomas citados pela influencer fujam do quadro mais comum de TPM – que costuma envolver cólicas de baixa ou alta intensidade, alterações de humor, irritabilidade, dores nos seios e nas costas e fadiga –, não são raros os relatos de mulheres que, como Luciele, passam por isso durante esse período. Em casos assim, vale a pena investigar e buscar tratamentos, já que, assim como uma gripe forte, essas condições podem ser temporariamente incapacitantes.

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Dor de cabeça aguda e pressão ocular na TPM

A dor de cabeça também é um sintoma comum da TPM para muitas mulheres, mas, em alguns casos, elas ficam fortes e longas demais. Conforme explicam especialistas ao VIX, dependendo de como for essa dor, ela pode caracterizar um problema bastante frequente: a enxaqueca menstrual.

De acordo com a neurologista Vanessa Müller, a enxaqueca é um problema de causa multifatorial, ou seja, envolve tanto aspectos genéticos quanto ambientais. A partir desses fatores, há uma desorganização na captação de alguns neurotransmissores, neuropeptídios ou hormônios pelo organismo, gerando as fortes dores e outros sintomas que quem sofre do problema conhece bem.

Pela possível ligação com hormônios, a enxaqueca pode, sim, estar relacionada com um momento específico do ciclo menstrual – e, segundo Vanessa, esse pode ser o motivo pelo qual o problema é mais frequente em mulheres. No período pré-menstrual, há uma diminuição progressiva na produção de estrogênio simultânea a um aumento da concentração de progesterona no organismo, algo que favorece o surgimento de diversos sintomas, inclusive a enxaqueca menstrual.

Segundo ela, os sinais são parecidos com os da enxaqueca comum, caracterizada por dor em apenas um lado da cabeça, de caráter pulsante, que dura de duas a 72 horas, ocasionalmente acompanhada por fotofobia e fonofobia, sendo a época em que acontece a única coisa que diferencia os dois problemas.

A pressão intraocular também pode surgir em casos de enxaqueca, apesar de ser menos comum. No entanto, a própria dor e a fotofobia podem contribuir para a dificuldade de abrir os olhos.

“Na enxaqueca menstrual, você vê que existe um predomínio da cefaleia nos sete dias que antecedem a menstruação até um pouco após o início dela”, esclarece Vanessa. Conforme explica, a enxaqueca menstrual (assim como a comum) pode ser tão incapacitante quanto qualquer outra doença sazonal, fazendo com que a mulher sinta a necessidade de repousar.

Anticoncepcional piora ou melhora sintomas?

De acordo com a ginecologista Flávia Tarabini, da clínica Dr. André Braz, além de essas dores e sintomas típicos terem relação com as alterações naturais do ciclo menstrual, a interferência de medicamentos contraceptivos também pode influenciar no surgimento do problema.

Isso porque, dependendo da dosagem e do tipo de hormônio contido no medicamento, ele pode alterar o ciclo menstrual de forma a favorecer a enxaqueca e mais sintomas.

Prevenção e tratamentos

Conforme explica Vanessa, no caso da enxaqueca menstrual, ela é tratada da mesma forma que a ocasionada por outros fatores. Após avaliação do quadro (em que o médico pode pedir um “diário de cefaleia” para identificar a relação com o ciclo), é possível que o médico recomende tratamentos medicamentosos que envolvem altas doses de vitaminas B6 e B12, antidepressivos administrados durante esse período e outros.

Segundo Flávia, quando o aparecimento do problema está ligado ao uso do anticoncepcional, é preciso reavaliar a medicação. “Muitas vezes o método contraceptivo pode ser alterado, melhorando a percepção da paciente”, afirma, citando também a possibilidade de usar medicamentos fitoterápicos e até testar mudanças na alimentação para lidar com as dores.

Quem pode avaliar o quadro de modo detalhado é o médico ginecologista, que deve investigar diferentes aspectos do organismo da mulher e seu ciclo para entender a origem dos sintomas e, assim, atacá-los.

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