Mais do que a origem da proteína, a quantidade que é ingerida ao longo do dia influencia na construção muscular.
Se uma pessoa jovem e saudável faz musculação e come a quantidade certa de proteína por dia, não faz diferença se essa proteína vem de carne ou só de alimentos veganos: o estímulo para construir músculo será o mesmo.
A conclusão é de um estudo que mediu o impacto de dietas veganas em exercícios de resistência e será publicado na edição de setembro da revista especializada “Medicine & Science in Sports & Exercise”.
Corpo usa a proteína do mesmo jeito

Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, acompanharam 28 homens e 12 mulheres saudáveis, que consumiram diariamente de 1,1g a 1,2g de proteína por kg de peso corporal.
Em um intervalo de 9 dias, todos realizaram treino de fortalecimento muscular por 3 vezes. O que mudou foi a dieta: onívora ou vegana.
Parte do grupo apenas consumiu proteína de origem vegetal, enquanto a outra parte consumiu tanto alimentos de origem animal quanto plantas e vegetais.
A distribuição de proteína foi feita em três refeições (10%, 30%, 60%) ou cinco refeições (20% em cada).
No final, a síntese proteica, que é o processo metabólico que leva ao ganho de massa muscular, foi semelhante em todos os grupos.
Quantidade e qualidade importam

Não fez muita diferença se a fonte da proteína foi vegetal ou animal, nem como a ingestão dessa proteína foi dividida ao longo do dia. O corpo a aproveitou para construir músculo do mesmo jeito.
Mas fica um alerta: o estudo de curta duração indica também que atingir a quantidade total diária de proteína importa, assim como a qualidade dessa proteína.
Proteínas vegetais podem ter menor quantidade de alguns aminoácidos essenciais, como lisina e leucina, importantes para o músculo. É preciso variedade e, em alguns casos, suplementação.