Batata chips, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes. Um novo estudo mostrou que o consumo de comidas como estas, os chamados alimentos ultraprocessados, representa 28% da dieta dos adolescentes brasileiros. Foram avaliados 72 mil alunos de colégios públicos e particulares do Brasil.
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onsumo excessivo de ultraprocessados: estudo pontua possíveis causas
Um estudo publicado recentemente no periódico científico Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics avaliou os hábitos alimentares de 72 mil alunos de escolas públicas e particulares em 124 cidades brasileiras. Os pesquisadores se basearam em dados do Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes (Erica) realizado entre março de 2013 e dezembro de 2014.
Identificou-se que alimentos ultraprocessados são quase 1/3 do que os adolescentes entre 12 e 17 anos costumam ingerir no dia a dia.
O estudo avaliou ainda os fatores que interferem para que isso aconteça, e constatou-se que o hábito de pular o café da manhã, bem como o tempo de uso de telas estão associados à ingestão excessiva destes produtos.
De acordo com os pesquisadores, isso acontece porque o tempo em frente à televisão ou celular é o momento em que os adolescentes utilizam para comer lanches pouco saudáveis. Além disso, eles frisam que a mudança de rotina durante a pandemia de Covid-19, que ficou mais caseira, facilitou o acesso a esses alimentos e ao maior tempo de exposição às telas devido às aulas remotas e tempo livre em casa.
O estudo afirma, também, que isso acontece pela praticidade dos alimentos ultraprocessados.
A dica dos estudiosos é sempre observar se há mais de cinco ingredientes da composição do alimento na hora da compra, principalmente os que possuem nomes desconhecidos. Isso é um sinal de que o produto não contém ingredientes tão bons assim.
Alimentos ultraprocessados: informações importantes
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