A nova da vez é a dieta Fast Mimicking, que promete resultados já no primeiro mês “imitando” o mecanismo do jejum intermitente sem que seja necessário ficar longas horas sem se alimentar.
Dieta Fast Mimicking: como funciona?
O plano alimentar foi criado pelo estudioso italiano Valter Longo, especializado em dietas. Ele tem duração de três meses, sendo que cada mês é dividido em duas fases.
Na primeira, que dura 25 dias, o indivíduo consome exatamente a quantidade de calorias que gasta durante o dia. Já a segunda fase dura apenas 5 dias e nela é feita uma dieta restritiva em calorias. No mês seguinte, o ciclo é repetido – mas a dieta só pode ser realizada por, no máximo, três meses.

Conforme explica a nutricionista Bruna Benedetti, durante a primeira fase da dieta, é liberado o consumo de 1.000 calorias diárias, enquanto que no segunda fase esse valor é reduzido para apenas 700 calorias.
“Essa dieta tem um perfil um pouco diferente daquelas com as quais estamos acostumados. Nada de origem animal entra no cardápio, enquanto que o consumo de carboidratos fica estável e o de gorduras de origem vegetal aumenta bastante. Folhas e legumes são liberados”, conta.
Por que não pode comer alimento de origem animal?

Ao contrário das dietas mais populares, que restringem o consumo de carboidratos para promover uma redução drástica e rápida de peso e aumentam a ingestão de proteínas para favorecer a saciedade e o ganho de músculos, a Fast Mimicking proíbe a ingestão de produtos de origem animal, ou seja, baseia-se em uma alimentação vegana.
Segundo a especialista, as proteínas são mais facilmente identificadas pelo organismo do que as folhas, grãos e leguminosas e, como o objetivo da dieta é justamente imitar o jejum intermitente (quando o indivíduo passa horas sem se alimentar), quanto mais tempo o organismo ficar sem produtos animais, mais vai achar que está em jejum.
Quantas vezes ao dia devo me alimentar?

Como a ingestão calórica é baixa, a especialista sugere que sejam feitas várias refeições durante o dia para manter a sensação de saciedade pela maior quantidade de tempo possível. “Pelo menos, cinco vezes ao dia”, afirma Benedetti.
Uma sugestão de Bruna é apostar em lanches de baixa calorias entre as refeições, como sopas ou barras de cereal. e, durante as refeições, abusar de alimentos folhosos, que são ricos em fibra e ajudam a controlar a saciedade.
“Outra coisa é consumir alimentos refogados em gordura vegetal. Comidas quentes ajudam na sensação de saciedade e na adesão [continuidade da dieta]”, afirma.
Fast Mimicking X jejum intermitente
O grande diferencial em comparação com a dieta do jejum intermitente é que a pessoa não precisa ficar sem comer por longas horas. Isso beneficia, principalmente, indivíduos que têm alguma condição específica e não podem jejuar, como diabetes, ou quem sofre com pressão baixa e necessita ingerir pequenas quantidades comida em curtos intervalos de tempo.

Além do mais, por promover uma alimentação regulada, o paciente tem menos chances de desenvolver tonturas, dores de cabeça e enjoos e não está proibido de praticar nenhuma atividade física.
“Essa restrição ainda vai ajudar a ativar o organismo, melhora a produção de GS1, que é o marcador inflamatório, e os níveis de glicemia e colesterol”, explica Benedetti.
Cuidados e contraindicações
No mais, Bruna Benedetti afirma que a Fast Mimicking não oferece risco e pode ser praticada por qualquer um, desde que respeitando o período máximo de três meses de dieta com intervalo de, no mínimo, seis meses entre uma dieta e outra.
O maior cuidado deve ser quanto à boa ingestão de proteína de origem vegetal – encontrada em alimentos como quinoa, feijão, grão-de-bico, cogumelos, amendoins e castanhas, entre outros – e de nutrientes como ferro, aminoácidos, cálcio e outros, para evitar anemia e outras complicações decorrentes da falta de carne.
“Por isso, a dieta deve ser feita com acompanhamento de um nutricionista ou nutrólogo”, defende a especialista.
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