Após ser identificada em mais de 100 crianças, de acordo com um estudo feito pela revista científica The Lancet, nos estados indianos de Kerala e Odisha, pesquisadores descobriram que a gripe do tomate pode ser uma variação de uma doença comum na infância.
Gripe do tomate pode ser variação da doença “mão-pé-boca”
Um novo estudo de caso, publicado no periódico científico The Pediatric Infectious Disease Journal, indicou que a gripe do tomate pode ser uma variação da doença mão-pé-boca, muito comum na infância e cujos sintomas podem ser fadiga, febre, bolhas ou manchas vermelhas no corpo, entre outros.
A mão-pé-boca é causada pela família dos enterovírus, como o Coxsackie A16, o EV A71, o Coxsackie A6, o Coxsackie B e o Echo vírus, como descreve o próprio estudo.
A nova gripe foi descrita inicialmente na revista científica The Lancet e foi detectada na Índia, nos estados de Kerala e Odisha. Mais de 100 crianças já foram diagnosticadas até então.
A atual pesquisa analisou o quadro de saúde de dois irmãos de 1 ano e 1 mês e 5 anos após retornarem de uma viagem de férias no estado de Kerala, em maio de 2022. Os dois foram diagnosticados com a gripe do tomate.
A febre recebeu esse nome devido ao aparecimento de erupções cutâneas avermelhadas que podem ficar do tamanho de um tomate. Outros sintomas do quadro são febre, fadiga e dores no corpo.
Segundo o estudo, as crianças tiveram contato com amigos e parentes em diversas cidades, inclusive uma outra criança que havia se recuperado há pouco tempo da gripe do tomate.
Ao retornarem, ambas apresentaram erupções cutâneas no formado de vesículas, e nenhum outro sintoma sistêmico, como febre, por exemplo.
Os dois irmãos colheram teste de PCR e ficaram isolados em sua residência. O resultado para varíola dos macacos foi negativo, mas os testes indicaram a presença de enterovírus nas crianças.
A apresentação incomum das lesões fez com que os pesquisadores considerassem a possibilidade de se tratar do Coxsackie A6, mas os testes mostraram o Coxsackie A16, um dos vírus responsáveis pela mão-pé-boca, como o causador da gripe do tomate nestas crianças.
A doença não evoluiu gravemente em nenhuma das crianças, e no 16º dia após o aparecimento dos sintomas, as feridas já haviam praticamente desaparecido.
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