O uso de absorventes durante o período menstrual é um hábito tão comum que muita gente nem imagina que algumas mulheres sofrem com alergia a eles. “A alergia ao absorvente, chamada de dermatite de contato, aparece no uso do primeiro absorvente e pode persistir por alguns dias, após o final do fluxo, quando cessa a reação do corpo ao contato do produto”, explica a ginecologista e obstetra Patrícia de Rossi, do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, em São Paulo.
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Sintomas da alergia a absorvente
Os sintomas mais comuns são áreas de vermelhidão na pele, que coçam e ardem, e macerações, que são lesões acompanhadas por umidade, com a sensação da pele do local estar ‘desmanchando’. “Toda a área de contato com o absorvente pode, em graus variáveis, ser afetada”, diz.
Potencialmente, qualquer componente do produto pode produzir reações alérgicas ao absorvente: fragrâncias, películas plásticas, algodões e outras fibras de absorção. “Em apenas 20% das vezes a reação tem, de fato, uma origem alérgica. As mulheres mais afetadas são as que já têm hipersensibilidade, dermatite atópica (doença crônica da pele) e doenças como a asma”, afirma.

Como tratar alergia a absorvente
A troca de marca ou modelo do absorvente pode resolver o problema, excluindo principalmente os perfumados, coloridos e “super secos”, que têm a superfície plastificada e são os mais propensos a causar esse tipo de problema. Para quem tem alergias, o ideal é dar preferência aos produtos com cobertura suave.
Se houver também alergia a absorvente interno, com sintomas podem ser irritação, coceira e ardor na vagina, a avaliação de um ginecologista é necessária para avaliar se há outras causas, como, por exemplo, a candidíase vulvovaginal. Em casos de sintomas mais intensos, podem ser utilizados cremes de corticoides de baixa potência como hidrocortisona e medicamentos para aliviar.