Léo, de 5 anos, usa um sensor de glicemia. Entenda abaixo o que é e para que serve esse dispositivo
Recentemente, o pequeno Léo, filho de Marília Mendonça e Murilo Huff, surgiu mostrando um dispositivo curioso colado no braço. Hoje com cinco anos, ele precisa desse dispositivo por um motivo de saúde – e, abaixo, explicamos como ele funciona.
O que é o dispositivo que o filho de Marília Mendonça usa?

Vivendo sob os cuidados da avó, Dona Ruth, e do pai, Murilo Huff, Léo, filho de Marília Mendonça, surgiu recentemente em uma foto usando um dispositivo circular no braço. Na imagem, que rapidamente circulou, ele está ao lado da babá, que também está usando o mesmo dispositivo.
Ainda que muitos não saibam o que é esse item, outros famosos já chamaram atenção por usá-lo. É o caso, por exemplo, do ator José Loreto, que exibiu o dispositivo colado no bumbum durante as gravações da novela “Pantanal” (Rede Globo).
Mas, afinal, para que serve? Esse dispositivo é um sensor de glicemia, também chamado de monitor contínuo de glicose (MCG). Eles servem para medir a glicemia – ou seja, as taxas de açúcar no sangue – em pessoas que têm diabetes, frequentemente o tipo 1.

Léo desenvolveu diabetes poucos meses após a morte da mãe. Marília Morreu em um acidente aéreo em novembro de 2021, quando Léo estava prestes a completar dois anos de vida. Já em março de 2022, a avó do menino revelou ao colunista Leo Dias o diagnóstico.
“Ele adoeceu, teve diabetes emocional. A glicose foi a 423. Ele ficava pelos cantos, entristecido. Falava ‘mamãe’ e queria entrar no quarto dela”, disse a mãe da cantora na época.
Desde então, Léo faz o controle do diabetes e, por isso, seus responsáveis precisam ter acesso aos níveis de glicose do menino frequentemente – trabalho que o sensor de glicemia torna mais fácil e confortável.

Sensor de glicemia: como funciona, vantagens e mais
Esse tipo de sensor mede a glicose a partir do contato direto com o líquido intersticial, fluido que envolve as células logo abaixo da pele. Sendo assim, ele não requer as famosas picadinhas no dedo que os medidores de glicemia comuns precisam para medir a glicose pelo sangue.
Para funcionar, o sensor precisa ser aplicado na pele. Ele tem uma pequena cânula que penetra superficialmente sob a pele da parte de trás do braço, do abdômen ou outras partes do corpo a depender do modelo. A partir desse processo, que pode ser levemente desconfortável, o sensor tem acesso constante à glicemia do paciente.

Esses sensores permanecem na pele por um período de 7 a 14 dias a depender do modelo, e precisam ser substituídos depois disso. Durante o período, porém, ele mede a concentração de glicose no líquido intersticial a cada cinco minutos, transmitindo os dados para um sensor próprio ou até para o celular do paciente.
Em comparação com dispositivos para medição de glicemia tradicionais, os sensores de glicemia oferecem vantagens como:
- Alertas de hipo e hiperglicemia (a depender do modelo);
- Relatórios sobre o comportamento da glicose ao longo de um período;
- Integração com bombas de insulina em pacientes que precisam usar esse dispositivo;
- Alertas automáticos;
- Medição contínua e em tempo real;
- Menos dor (pois não requer “picadas” constantes);
- Controle mais confortável para crianças e idosos.
Esse tipo de dispositivo está disponível pelo Sistema Único de Saúde e por diversos planos de saúde. Pacientes com diagnóstico de diabetes tipo 1, gestantes ou diabetes tipo 2 com uso de insulina e risco de hipoglicemia, têm maior facilidade de liberação do dispositivo gratuitamente.