Ao publicar uma foto na qual ele e o colega Jesuíta Barbosa aparecem nus de costas para a câmera, José Loreto chamou a atenção da web para além da cena “ousada”. Gerando identificação com fãs que, como ele, têm diabetes, o ator deixou à mostra uma espécie de adesivo no bumbum – que, na realidade, se trata de um mecanismo muito inovador para o monitoramento da glicemia.
José Loreto mostra sensor para medir glicemia na pele
Diagnosticado na infância com diabetes tipo 1, o ator José Loreto fala com frequência sobre a doença e, em meio às gravações da novela “Pantanal” (Rede Globo), ele compartilhou de forma discreta e natural um mecanismo muito importante para o acompanhamento da doença. Em seu Instagram, ele publicou uma foto na qual aparece mostrando o bumbum para a câmera – e, nele, é possível ver um sensor de monitoramento contínuo da glicose, ou MCG.
https://www.instagram.com/p/CbGmVRrLSfT/
Quando se tem diabetes, é importante monitorar a glicemia, ou seja, os níveis de açúcar no sangue, e isso normalmente é feito com um medidor que requer uma picada no dedo. A partir disso, uma gotinha de sangue nas fitas do medidor basta para que o aparelho identifique a glicemia. Cada medição, no entanto, é única, e a vantagem de dispositivos como o utilizado por Loreto está no monitoramento contínuo sem a necessidade de executar este processo.
Sensor de monitoramento contínuo da glicose: como funciona?
Apesar de existir mais de um tipo, o sensor para monitoramento de glicemia mais facilmente encontrado no Brasil é o FreeStyle Libre, desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Abbott. Descartável, ele fica em um adesivo que é colocado na pele e, através de uma pequena cânula, coleta o chamado fluido intersticial para medir os níveis de glicose no sangue. Para consultar os dados, basta passar um leitor sobre o adesivo, que pode ficar na pele por até 14 dias.
Segundo a Abbot, o dispositivo pode ser usado por crianças a partir dos quatro anos, por mulheres grávidas e, além disso, é à prova d’água. É preciso frisar, porém, que a recomendação da empresa é que o adesivo seja colocado na parte interna do braço, e não há informações oficiais sobre a eficácia da medição quando aplicado no bumbum, como no caso de Loreto.
Substitui o medidor convencional?
Apesar dos benefícios, o sensor não substitui o monitoramento convencional; segundo informações da própria empresa, o monitoramento constante ajuda a ter uma visão mais completa das curvas glicêmicas e, assim, facilita o manejo do tratamento, mas há algumas ocasiões em que é necessário recorrer à picada no dedo.
Isso é indicado, por exemplo, quando o sistema acusa uma alteração muito rápida da glicemia, para confirmar uma hipoglicemia ou iminente hipoglicemia registrada no sensor ou quando os sintomas não corresponderem à leitua.
Além deste fator, este tipo de sensor para medir a glicemia não é acessível para todos. Encontrado em farmácias, o adesivo – vendido de forma unitária – custa cerca de R$ 290 (gasto que ocorre a cada 14 dias conforme ele precisa ser trocado). O leitor, também encontrado em farmácias ou online, custa o mesmo valor das unidades de adesivo.