Conheça os graves riscos do diabetes, doença que matou a atriz Michelle Trachtenberg aos 39 anos
O diabetes é uma doença comum e, por isso, muitos tendem a não levá-la a sério. As possíveis complicações de um quadro não tratado, porém, podem ser fatais – caso, por exemplo, da atriz Michelle Trachtenberg, que morreu aos 39 anos em fevereiro de 2025 por “complicações relacionadas ao diabetes mellitus”.
Conheça abaixo detalhes dessa doença e as possíveis complicações do diabetes, bem como quando a doença oferece risco de morte.
Morte de atriz por diabetes: quando a doença leva ao óbito?

Quase dois meses após a morte de Michelle Trachtenberg, atriz conhecida especialmente por sua atuação na série “Gossip Girl”, a causa do óbito dela foi revelada. Segundo o site “Page Six”, a atriz morreu de causas naturais após complicações relacionadas ao diabetes mellitus.
O diabetes mellitus, doença que a atriz tinha, é uma condição crônica que causa elevação dos níveis de açúcar no sangue. Isso acontece devido à produção insuficiente ou ação ineficaz da insulina, hormônio que regula a glicemia. Há dois tipos de diabetes: um deles é autoimune, caracterizado pela ausência de produção natural de insulina, e o outro é adquirido, relacionado ao estilo de vida e marcado por resistência do organismo à insulina.

Essa doença requer atenção e controle adequado. A depender do caso, é possível manejar a doença com mudanças na alimentação e adoção de exercícios físicos. Em outras, o paciente precisa restringir a alimentação, monitorar frequentemente a glicemia e aplicar insulina de forma a suplementar o corpo que não a produz.
Esses cuidados reduzem os riscos de complicações – que são muitas. Especialmente quando não existe controle, os altos níveis de glicose no sangue podem danificar os vasos sanguíneos e nervos ao longo do tempo, causando problemas graves.
Riscos graves do diabetes

São diversas as possíveis complicações do diabetes, especialmente quando não há o manejo adequado da doença. Veja abaixo quais são os riscos do diabetes:
Doença renal
Com o excesso de glicose no sangue, os rins, “filtradores” do organismo, podem ficar sobrecarregados. Essa sobrecarga pode levar à perda de proteínas pela urina e, eventualmente, a um quadro de insuficiência renal.
Perda de visão
Chamado de retinopatia diabética, esse quadro é marcado por danos aos vasos sanguíneos da retina, estrutura essencial dos olhos. Isso pode causar perda de visão e até cegueira total.
Neuropatia
O excesso de açúcar no sangue pode danificar nervos periféricos. Como os nervos são responsáveis pelo envio de estímulos nervosos e, consequentemente, pelas sensações que temos no corpo, esse problema gera dor, formigamento e perda de sensibilidade. É mais comum que essa condição se manifeste nos pés.

Pé diabético
A neuropatia e a má circulação causada pela glicemia constantemente alta pode, com o tempo, prejudicar o processo de cicatrização do corpo. Isso tende a ser pior nos pés, já que esses membros são uma extremidade do corpo e dependem de uma boa circulação sanguínea. Esse quadro causa o que se chama de pé diabético.
Essa condição acontece quando o paciente diabético se fere nos pés e o machucado custa a cicatrizar. Isso aumenta o risco de haver infecções graves, necrose e até amputação de membros.
Doenças cardiovasculares
Pessoas com diabetes têm risco aumentado para doenças que podem, inclusive, levar a óbito, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Cetoacidose diabética
Essa é uma das complicações graves do diabetes, e mais comum no tipo 1. Ela acontece quando o corpo não tem insulina suficiente e não consegue, por isso, metabolizar adequadamente a glicose, transformando-a em energia. Isso leva o organismo a utilizar a gordura do corpo para gerar energia, produzindo cetonas, substâncias ácidas que se acumulam no sangue.
A acidose do sangue, por sua vez, pode levar ao coma e à morte.

Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar
Nesse quadro, mais comum no diabetes tipo 2, os níveis de glicose no corpo ficam extremamente altos, superando 600 mg/dL. Aqui, porém, o corpo não consegue utilizar a gordura para gerar energia – e, sem a presença significativa de cetonas, há grande perda de água e eletrólitos. Isso deixa o sangue muito concentrado, gerando desidratação grave.
Essa condição tem altas taxas de mortalidade e costuma ser fatal especialmente em idosos.
Sinais de complicações graves
Quem tem diabetes deve fazer o tratamento adequado, com acompanhamento médico, e se atentar para os sinais de que algo não vai bem. Entre eles, é possível citar:
- Fadiga extrema;
- Visão embaçada;
- Infecções frequentes e cicatrização muito lenta;
- Glicemia muito alta.
É importante lembrar que os cuidados com o diabetes são multifatoriais. Além do monitoramento constante da glicemia conforme orientação médica, é preciso administras as doses corretas de insulina nos momentos ideais, também devidamente orientados pelo especialista.

Além disso, o médico endocrinologista também pode recomendar medicamentos orais para auxiliar no controle do diabetes junto da insulina. Quem tem essa doença também precisa regular muito bem a alimentação, comendo refeições ricas em fibras e com baixo teor de açúcar e carboidratos simples. A atividade física regular também é importante para melhorar a sensibilidade do corpo à insulina e reduzir os riscos do diabetes.