A propagação de um novo tipo de coronavírus, o SARS-CoV-2, pelos continentes tem deixado o mundo todo em alerta. Desde 31 de dezembro de 2019, quando foi identificada, a doença – nomeada COVID-19 – já provocou milhares mortes e deixou dezenas de milhares de pessoas infectadas.
Além da China, epicentro da infecção e concentradora da maior parte dos casos, 109 outros países, incluindo o Brasil, têm registro de pacientes infectados com o COVID-19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou um Comitê Emergencial para monitorar o surto. A seguir, entenda melhor o que é este vírus.
Perguntas e respostas sobre o coronavírus
O que é

Os coronavírus são uma família de vírus identificados pela primeira vez em 1960. Alguns deles causam doenças em seres humanos e outros circulam em animais, incluindo camelos, gatos e morcegos.
Em 2002, a China presenciou os primeiros relatos da chamada síndrome respiratória aguda grave (SARS), causada pelo SARS-CoV – uma variação do coronavírus descoberto naquele ano. Em 2012, outro surto de doença respiratória, agora no Oriente Médio, levou à descoberta do MERS-CoV – cepa responsável pela síndrome respiratória do Oriente Médio.
Como surgiu?

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a suspeita inicial é de que o contágio de humanos pelo SARS-CoV-2 teria começado por meio de uma transmissão de animal para ser humano em um mercado de frutos do mar na cidade de Wuhan, na China, que, de acordo com a mídia internacional, também vendia animais vivos. O estabelecimento foi fechado.
Como é transmitido?
Segundo a OMS, a doença é transmitida de humano para humano através de gotículas emitidas pelo nariz ou boca que se espalham quando uma pessoa com COVID-19 tosse ou expira. Tais gotículas ficam em objetos e superfícies ao redor do paciente contaminado e, quando outras pessoas encostam neles e então levam as mãos aos olhos, nariz ou boca, contraem o vírus.
É possível também inalar as gotículas expelidas por uma pessoa infectada quando ela tosse ou expira, e por isso é importante manter uma distância de um metro de pacientes contaminados. Segundo médicos, o celular também pode ser um meio de transmissão do novo coronavírus.
Além disso, o vírus pode ser transmitido pelo contato com secreções e excretas (como fezes e urina) de pacientes contaminados.

A OMS orienta que a população siga algumas medidas de segurança para evitar a disseminação da doença, como:
- Higienize as mãos com álcool, sabão e água regularmente;
- Mantenha-se a um metro de distância de pessoas que estejam tossindo ou espirrando;
- Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca;
- Ao tossir ou espirrar, cubra o rosto com a parte interna do cotovelo ou use um lenço – e fazer uma higienização imediatamente, assim como jogar o material fora;
- Evite contato com pessoas com doenças respiratórias;
- Se tiver febre, tosse ou dificuldade de respirar, procure um médico imediatamente e divida com ele o histórico de viagem.
Sintomas do coronavírus

Os sintomas do COVID-19 mais comuns são febre, fadiga e tosse seca. Alguns pacientes podem apresentar dores, congestão nasal, coriza, garganta dolorida ou diarreia.
Os sintomas costumam ser moderados e começar gradualmente. Algumas pessoas são infectadas mas não apresentam sintomas, e a maioria (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento especial. Cerca de 1 em cada 6 pessoas que contrai a doença fica seriamente debilitada e desenvolve dificuldade para respirar.
População mais vulnerável
Idosos e pessoas com problemas de saúde prévios, como hipertensão arterial, condições cardíacas ou diabetes, têm maior probabilidade de desenvolver a forma grave da doença.
Diagnóstico

Atualmente, o Ministério da Saúde brasileiro adota medidas de monitoramento para conseguir identificar o 2019-nCoV em pacientes. Sob suspeita, o paciente é submetido a um teste específico e, então, é feita uma contraprova por um dos laboratórios referência no País para confirmar o diagnóstico.