Para quem sofre constantemente de dores de cabeça, têm sido frequentes as queixas sobre o problema estar cada vez mais incômodo – e, segundo um levantamento, pode haver uma explicação inusitada para isso.
De acordo com o estudo, publicado recentemente no periódico científico Neurology, a piora neste sintoma e em outros quadros neurológicos tem relação com o clima – mais especificamente com o aquecimento global.
Mudanças climáticas pioram sintomas de doenças neurológicas
Recentemente, uma revisão de estudos sobre mudanças climáticas e doenças neurológicas publicados entre 1990 e 2022 concluiu que estas alterações podem ser ainda mais prejudiciais à saúde humana do que se imaginava.

De acordo com os pesquisadores, problemas neurológicos como dores de cabeça, demência e esclerose múltipla estão cada vez piores devido ao aquecimento global. Além disso, eventos climáticos extremos, flutuações de temperatura e exposição a poluentes têm sido associados a uma maior prevalência de acidente vascular cerebral (AVC), enxaquecas e hospitalização de pacientes com demência.

Para a revisão, os cientistas analisaram 364 trabalhos relevantes em três categorias, incluindo 289 estudos sobre o impacto da poluição, 38 sobre eventos climáticos extremos e flutuações de temperatura e 37 sobre doenças neuroinfecciosas emergentes.
“A mudança climática apresenta muitos desafios para a humanidade, alguns dos quais não são bem estudados. Nossa revisão não encontrou nenhum artigo relacionado aos efeitos na saúde neurológica da insegurança alimentar e hídrica, mas eles estão claramente ligados às mudanças climáticas”, disse em comunicado Andrew Dhawan, autor da pesquisa.