*Publicado em 18 de março de 2017
Arlindo Cruz está internado em estado grave e em coma induzido. Exames feitos no Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio, onde está o cantor, apontaram que o que causou o problema em Arlindo foi um tipo de derrame menos comum, e que pode ter consequências graves.
O que aconteceu com Arlindo Cruz
O sambista estava em casa, se preparando para viajar para um show, quando se sentiu mal. A mulher do cantor o encontrou desacordado e chamou socorro. No hospital, segundo apurou o site de notícias G1, Arlindo chegou consciente e conversando, mas logo foi induzido ao coma.
Uma tomografia feita após a internação constatou que a causa do mal estar foi um Aneurisma Vascular Cerebral (AVC), do tipo hemorrágico.

Tipos de derrame
O AVC Hemorrágico (AVCH), que teve Arlindo, é um tipo menos comum de derrame – o isquêmico (AVCI), segundo tipo possível, acontece com mais frequência. Ambos se caracterizam pelo impedimento da chegada de sangue a algumas partes do cérebro, mas por causas diferentes.
Diferenças
Isquêmico – No tipo mais comum, a artéria entope e, com a obstrução, o sangue não consegue passar.
Hemorrágico – No AVCH, que foi o que acometeu Arlindo Cruz, o que acontece é o rompimento do vaso sanguíneo. O sangramento pode atingir diferentes partes do cérebro e ter diversas consequências.

Sintomas
A característica mais marcante de um AVC, seja de qualquer um dos dois tipos, é que são sinais súbitos. Ou seja, eles surgem com intensidade e rapidez. Uma dor de cabeça que pode ser AVC, por exemplo, é aquela que surge já com uma dor intensa e não é amenizada com um remédio. Outros sintomas podem ser:
- Fraqueza de um lado do corpo
- Perda da sensibilidade
- Dificuldade visual em um ou ambos os olhos
- Tontura
- Dificuldade para falar ou compreender
- Perda de consciência
- Crises de convulsão
Tratamento
Após o diagnóstico de Arlindo, o cantor passou por cirurgia para que fosse instalado um cateter cerebral. O procedimento é comum em casos de AVCH e tem o objetivo de monitorar a pressão intracraniana, já que ela pode aumentar após o sangramento.
Em geral, a possibilidade de tratamento é cirurgia, como aconteceu com o sambista, ou acompanhamento clínico, que visa apenas controlar os sintomas do paciente.
Em ambos os tipos de tratamento, só com a certeza da estabilidade do paciente os médicos podem iniciar a reabilitação, que inclui acompanhamento com fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional. Tudo vai depender das sequelas neurológicas do paciente.
Sequelas
É possível que o paciente que teve derrame tenha paralisia em parte do corpo, além de sequelas motoras, na fala, falhas de memória, dificuldade de concentração, falta de equilíbrio, sensibilidade e até problemas visuais. Em casos mais graves, caso o paciente não se recupere, a pressão intracraniana pode levar à morte cerebral.
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