O vitiligo é uma doença de pele caracterizada por manchas brancas, de vários tamanhos, em qualquer parte do corpo. São manchas que não doem, não coçam e não comprometem qualquer órgão interno. Não há uma definição exata sobre sua origem, mas a relação das emoções com o surgimento e piora da doença é comprovada.
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“A presença das manchas já pode ser um fator estressante. Por outro lado, o estresse pode preceder e dar início à lesão. Quando a pessoa fica estressada, as manchas aumentam. Comunicadores químicos ligam mente, cérebro e célula e podem desencadear diversas reações que, no caso do vitiligo, é a despigmentação. Às vezes, o paciente melhora e volta a piorar porque viveu algum estresse”, explica o médico Roberto Azambuja, Coordenador do Departamento de Psicodermatologia da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).
A falta de sintomas, a não ser a descoloração, faz com que muita gente espere a doença avançar para procurar ajuda, o que é prejudicial, pois o tratamento da vitiligo precisa começar o quanto antes. A dermatologista Denise Steiner, presidente da SBD, diz que a ida ao médico ajuda a esclarecer se se trata mesmo de vitiligo, pois há manchas que se confundem.
Tipos de vitiligo e tratamento
Os procedimentos para tratar o problema variam de acordo com cada caso. O vitiligo segmentar é o mais simples, caracterizado pelo aparecimento repentino de uma mancha, de um lado só do corpo, que costuma acompanhar o trajeto de um nervo. Nesse caso é indicado o procedimento cirúrgico, que leva uma célula normal para o local onde se encontra o vitiligo.
O vitiligo vulgar aparece em surtos. As primeiras manchas aparecem e, depois de algum tempo, aparecem novamente, aumentando cada vez mais. Mas não é incurável. “Se tratarmos o problema, temos condições de melhorá-lo e controlá-lo e até de curar o paciente. Em alguns casos as manchas até podem desaparecer totalmente”, afirma a dermatologista.
Na fase em que as manchas estão aumentando muito, há possibilidade de se usar substâncias como ácido fólio, vitamina B12 e corticoides, ou combinar terapias, como a aplicação de luz com cremes antioxidantes que podem pigmentar a pele.
Vitiligo e estresse
Como o estresse já é apontado comprovadamente como uma das causas que desencadeiam ou agravam o problema, o apoio de quem convive com portadores é fundamental. Também é importante ter momentos para praticar respiração, meditação, ioga, tai chi chuan. “Quando se vê que o estilo de vida do paciente é estressante, se ele foi abalado por algum trauma emocional que não superou, encaminha-se para a psicoterapia, que precisa ser direcionada e de efeito rápido. É uma reprogramação cerebral que visa transformar a percepção negativa em positiva e crenças limitantes em facilitadoras”, explica o dr. Azambuja.
Outro recurso são os Grupos de Apoio Permanente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que têm como objetivo a formação e a agregação de portadores de doenças de pele, com potencial discriminatório e excludente. Quem participa dos grupos recebe orientação, ouve relatos da comunidade, divide problemas e soluções.
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