Considerada uma zoonose silvestre, ou seja, que circula principalmente entre animais, a varíola dos macacos foi registrada em humanos pela primeira vez nos anos 1970 e, desde então, permaneceu restrita a partes da África Ocidental e Central.
Recentemente, no entanto, órgãos de saúde reportaram que a doença tem aparecido em diversos outros países. No Brasil, centenas de casos já foram confirmados e, desde o início dos alertas sobre a doença, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia se pronunciado sobre o assunto, alertando sobre métodos de prevenção.
De acordo com a agência, “medidas não farmacológicas, como distanciamento físico sempre que possível, uso de máscaras de proteção e higienização frequente das mãos” já podem ser tomadas em aeroportos e aeronaves.
A transmissão entre humanos pode resultar de contato próximo com secreções respiratórias, lesões na pele de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados.
Sinais e sintomas da varíola dos macacos
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o período de incubação (intervalo desde a infecção até o início dos sinais) da varíola dos macacos é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. Entre os sintomas da doença estão:
- Febre;
- Dor de cabeça intensa;
- Dor nas costas;
- Dores musculares;
- Falta de energia;
- Inchaço dos gânglios linfáticos;
- Erupção cutânea (alterações na cor e/ou na textura da pele).
Segundo a OMS, o inchaço dos gânglios linfáticos é uma característica distintiva da varíola dos macacos, em comparação com outras doenças que podem inicialmente parecer semelhantes, como sarampo, por exemplo.
No caso da erupção cutânea, ela geralmente começa dentro de 1 a 3 dias após o aparecimento da febre e tende a ser mais concentrada no rosto e nas extremidades do corpo (palmas das mãos e plantas dos pés) do que no tronco.
A varíola dos macacos, de forma geral, é uma doença autolimitada, com os sintomas que duram de 2 a 4 semanas.