Há anos, cientistas e biomédicos vêm afirmando que a esponja que usamos para lavar louças é um dos utensílios mais sujos que podemos manter na cozinha. E um estudo recente mostrou que esse acessório de limpeza é ainda pior do que imaginávamos.
Esponja de cozinha é lar perfeito para micróbios
De acordo com pesquisadores da Duke University, nos Estados Unidos, a esponja de cozinha é uma incubadora melhor para diversas comunidades bacterianas do que uma placa de laboratório.

E não são apenas as sobras de comida que ficam presas à esponja que favorecem a abundância de micróbios: sua própria estrutura faz com que ela seja um ambiente fértil para microrganismos.
A esponja de lavar louças tem diferentes camadas de separação, com espaços e tamanhos variados, como se fosse um solo saudável. Por isso, resulta em um ambiente rico em biodiversidade, onde tanto podem viver bactérias que prosperam em comunidades diversificadas, como aquelas que prosperam de forma solitária.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores acompanharam o crescimento populacional de 80 cepas diferentes de Escherichia coli em placas de laboratório e em objetos com cavidades de diferentes tamanhos.
As análises mostraram que a esponja de limpeza é uma excelente incubadora de bactérias e germes por garantir em sua própria estrutura um lar perfeito para micróbios. Os resultados foram publicados em 10 de fevereiro de 2022 na revista Nature.
Alternativas à esponjinha
Caso o estudo tenha sido suficiente para te fazer desistir das esponjas mais comuns, a bucha vegetal pode ser uma opção, já que, por ser mais econômica e menos poluente, é substituída com frequência maior que a esponja tradicional, impedindo um acúmulo de bactérias tão grande. Existem ainda esponjinhas feitas de silicone, que são mais fáceis de limpar.