O cabeleireiro das famosas, Marco Antônio de Biaggi, superou um câncer agressivo chamado linfoma não-Hodgkin, que também já acometeu Reynaldo Gianecchini e Edson Celulari.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), as últimas estimativas apontam para 10.240 novos casos a cada ano, sendo pouca a diferente entre o número de homens e mulheres com a doença.
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O que é o linfoma não-Hodking?
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“É um tipo de câncer que afeta o sistema linfático e está diretamente relacionado ao sistema imunológico, ou seja, as defesas do organismo. É quando surgem células malignas que se originam nos gânglios, que são muito importantes no combate às infecções”, diz a onco-hematologista Mariana Netto de Oliveira, do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho.
De acordo com a especialista não se trata de uma doença rara e costuma acometer indivíduos de todas as idades.
O INCA aponta para 20 subtipos de linfoma não-Hodking. “Dependendo do tipo pode ser muito agressivo, sim, mas é muito tratável”, conta a especialista.
Sintomas típicos da doença
“Os sintomas podem mudar de acordo com o subtipo que o paciente tem. Mas no geral, os mais comuns são os agressivos, que apresentam sinais claros como crescimento rápido de gânglios próximos ao cotovelo, joelho e ao intestino. Além de fadiga, febre, emagrecimento sem motivo, coceira na pele e sudorese intensa no período noturno”, fala Mariana Netto.
Biaggi conta que descobriu a doença após sentir cansaço extremo e aparecer uma íngua na axila.
Os linfomas não-Hodkings menos agressivos crescem devagar, apresentam poucos sintomas clínicos e levam anos para serem notados.
Como é o tratamento?
Os tratamentos podem variar muito. Há pacientes que precisam fazer apenas acompanhamento da doença e outros que precisam de quimioterapia com associação de imunoterapia e radioterapia. Ao contrário de outros tipos de câncer que podem necessitar de cirurgia para retirada de célula cancerígena, no linfoma não-Hodking isso não é possível.
Grupos de risco
Por se tratar de uma doença ligada diretamente ao sistema imunológico, pessoas que têm o comprometimento do mesmo têm mais chance de sofrer com esse tipo de câncer. Ou seja, quem tem hepatite B ou C, HIV e doenças autoimunes como lúpus. “É o caso apenas de doenças mais graves e que geram uma alteração crônica do sistema imunológico”, fala a onco-hematologista.