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O cantor carioca Luiz Melodia morreu aos 66 anos na madrugada desta sexta-feira (4), no Rio de Janeiro (RJ), em decorrência de complicações de um câncer na medula conhecido como mieloma múltiplo. A informação foi confirmada pela assessoria do artista e pelo hospital em que estava internado.
Câncer de Luiz Melodia
Com 46 anos de carreira, Melodia lutava contra o câncer desde o início de 2017 e chegou a realizar um autotransplante de medula – um dos únicos tratamentos considerados promissores para a condição – pelo qual respondeu bem e chegou a receber alta no fim de junho.
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Contudo, o tratamento quimioterápico não surtiu bons efeitos e o estado do compositor se agravou ontem, enquanto estava internado no hospital Quinta D’Or, na capital fluminense.
Filho do sambista Oswaldo Melodia, o cantor é responsável por clássicos nacionais como “Pérola Negra” e “Magrelinha”. Além de seu legado, ele deixa esposa e filho.
O que é mieloma múltiplo?

A condição começa na medula óssea, que é um líquido gelatinoso popularmente conhecido como tutano, cuja função é produzir sangue e anticorpos.
De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, o mieloma múltiplo é caracterizado pela multiplicação excessiva de plasmócitos malignos, que são células que normalmente atuam na produção de anticorpos – proteínas que combatem ameaças no organismo como doenças.
Quem pode ter?
Todas as pessoas podem ter, mas esse tipo de câncer é mais comum (cerca de 80%) em pessoas com mais de 60 anos, segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Sintomas

Em alguns casos, o problema pode ser assintomático. Já em outros se manifesta pelos sintomas das doenças que decorrem do enfraquecimento do sistema imune e de outras alterações causadas pela doença, como:
- Insuficiência renal
- Infecções frequentes
- Anemia
- Cansaço
- Infecções respiratórias graves
- Dores intensas nos ossos
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico de mieloma múltiplo só é confirmado por meio do exame eletroforese de proteína, que separa a proteína do sangue em pequenas partes e a analisa. Também podem ser feitos outros testes como biopsia da medula óssea e hemograma.
Apesar de não ter cura, o problema pode ser controlado de modo com que o paciente tenha uma boa qualidade de vida e não apresente intercorrências significativas.
Já o tratamento inclui associação de quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, se necessário, o autotransplante de medula óssea. Além disso, são usados medicamentos como a talidomida e a lenalidomida, que reduzem a chance de progresso da doença.
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