Enfrentando mais um câncer com o otimismo que sempre demonstra, a jornalista Susana Naspolini surgiu recentemente usando um item desconhecido para muitos, mas muito comum durante tratamentos da doença. Nas redes sociais, ela registrou que, durante a quimioterapia, está usando uma touca gelada – algo que serve para amenizar a queda de cabelo, efeito comum do tratamento.
Susana Naspolini usa touca gelada na quimioterapia: o que é?
Diagnosticada com um tumor na região da bacia, a repórter Susana Naspolini tem feito quimioterapia para tratar o quadro – e ao documentar o tratamento, mostrou uma etapa importante dele. No Instagram, ela surgiu com uma touca de resfriamento na cabeça, e se mostrou animada com o uso do item.
https://www.instagram.com/p/ChUmWc_ORlD/
“Químio com touca gelada! Minha última tentativa para preservar o cabelo que resta. Está caindo muito! Vamos aguardar. Depois conto o resultado! Frio demais! Fiquem com Deus, amigos”, escreveu ela na legenda, citando a principal função do equipamento: prevenir queda capilar durante a quimioterapia.
Relativamente recente no Brasil, a touca de resfriamento para quimioterapia existe desde meados da década de 1970. Personalidades como a apresentadora Sabrina Parlatore, Suzana Gullo, esposa de Marcos Mion, e, mais recentemente, a cantora Simony, já usaram o equipamento.
A Tá Saudável, a dermatologista e cirurgiã capilar Leila Bloch, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que o item se baseia em preservar os folículos capilares usando uma tecnologia interessante.
https://www.instagram.com/p/Cg2SJJQOPWT/
Segundo ela, o tratamento do câncer tem como alvo células de multiplicação exagerada (característica de células cancerígenas) e, por isso, pode afetar outras células saudáveis que também se desenvolvem rapidamente em outras regiões no corpo, como as dos folículos capilares. “As células que mais se dividem no corpo são os folículos pilosos, é por isso que os cabelos costumam cair em quem faz quimioterapia”, explica ela.
Ao resfriar o couro cabeludo com a touca, porém, o metabolismo local diminui, fazendo as células reduzirem suas atividades. Desta forma, elas ficam relativamente “camufladas” diante da quimioterapia e são, portanto, menos afetadas. Além disso, a técnica também contrai os vasos sanguíneos do couro cabeludo, permitindo que menos quantidade de quimioterápicos chegue até lá.
Conforme frisa a dermatologista, o ideal é usar a touca entre 45 minutos a 3 horas antes da quimioterapia – e, apesar de ajudar na queda capilar, ela não impede totalmente a perda de fios. É esperado, segundo ela, uma queda menor, com menos formação de falhas visíveis.
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