4 sinais iniciais de Parkinson para prestar atenção: surgem anos antes do diagnóstico

Sintomas que poucas vezes são associados à doença podem aparecer 10 anos antes dos problemas motores

Com cerca de 200 mil diagnósticos confirmados no Brasil, a doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que costuma estar sempre associada aos sintomas motores. No entanto, estudos mais recentes indicam que existem outros indícios que podem aparecer até 10 anos antes da confirmação da doença. Isso, portanto, oferece uma janela de oportunidade importante para intervenções precoces.

Veja abaixo quais os sinais iniciais do Parkinson e mantenha-se atento à sua saúde.

Quais são os sinais iniciais de Parkinson?

(Crédito: freepik/freepik)

“A doença começa de forma muito mais sutil, com manifestações que podem ser confundidas com questões do dia a dia, como alterações no sono, constipação ou perda de olfato”, explica o neurocientista e diretor técnico da Bright Brains, dr. Ricardo Galhardoni. Aos conseguir identificar esses sintomas previamente, por exemplo, é possível adotar algumas alternativas, como a neuromodulação não invasiva, que tem mostrado resultados expressivos na melhora da função motora e do bem-estar emocional desde os primeiros estágios da doença.

Para isso, então, é importante observar o surgimento de:

1. Distúrbios de humos e cansaço

Depressão, ansiedade e fadiga crônica e sem causa aparente podem surgir anos antes dos sintomas motores clássicos do Parkinson. Isso porque a doença afeta áreas do cérebro responsáveis pelo equilíbrio emocional e pela regulação do sono.

Segundo estudos, cerca de 40% dos pacientes apresentam sintomas depressivos antes do diagnóstico. Por isso, é importante uma avaliação essas condições em conjunto para um diagnóstico correto.

2. Problemas digestivos

A prisão de ventre, por exemplo, é um dos sintomas não motores mais comuns e que aparecem cedo na doença de Parkinson. Isso ocorre devido às alterações no sistema nervoso que controla o intestino, além do desequilíbrio das bactérias que vivem no órgão.

Muitos pesquisadores apontam o intestino como o segundo cérebro e problemas no órgão por vezes se relacionam a problemas neurológicos e de saúde mental.

3. Sinais auditivos e neurológicos

Pesquisas recentes da Queen Mary University of London apontam a perda auditiva progressiva e episódios de epilepsia como sinais precoces de Parkinson. Com isso, acredita-se que o comprometimento neurológico da doença pode ser mais amplo e envolver circuitos cerebrais não diretamente relacionados ao controle motor.

4. Mudanças sutis na fala e na expressão facial

Voz mais baixa, monotonia na fala e redução da expressividade facial são sinais precoces que, embora discretos, comprometem a comunicação e a interação social dos pacientes. Além disso, elas podem afetar a autoestima e a qualidade de vida.

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