Silvia Abravanel deixa hospital após doença grave: dor na costela foi primeiro alerta

Publicada em 19/05/2017; atualizada em 25/05/2017

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Após ficar internada por seis dias para tratar uma embolia pulmonar, Silvia Abravanel recebeu alta nesta quinta-feira (25), do hospital Albert Einstein, em São Paulo. No último dia 18, a apresentadora do Bom Dia & Cia, do SBT, procurou ajuda médica após sentir dores na região da costela direita, que denunciou o problema grave.

A nova internação aconteceu apenas três dias depois de a filha de Silvio Santos voltar ao trabalho. No dia 30 de abril, ela havia sido internada no mesmo hospital para tratar uma pneumonia, mas liberada logo depois.

Em vídeo publicado hoje em sua conta no Instagram para anunciar a alta médica, Silvia aproveitou para agradecer o carinho dos fãs e tranquilizá-los. “Estou saindo hoje do hospital 100% curada, não tenho mais nada, o meu pulmão está super saudável”, afirmou.

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O que Silvia Abravanel teve?

Na primeira internação, a filha de Silvio Santos fez um vídeo explicando que estava se sentindo mal havia alguns dias, mas não tinha dado importância.

“Eu não estava bem desde quinta-feira, mas como não tive febre, não tive nada, achei que não era nada. Acabei passando mal ontem. Eu estou aqui já medicada, sendo bem cuidada. Logo, logo, estou de volta”, comentou em vídeo postado no domingo em que foi internada.

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Silvia saiu do hospital na mesma semana, mas só pode voltar ao trabalho no dia 15 de maio. Contudo, três dias depois, ela voltou a se sentir mal e precisou ser internada novamente.

Dor na costela denunciou embolia pulmonar

Da segunda vez, a apresentadora sentiu uma dor na região da costela direita, recebeu o diagnóstico de embolia pulmonar e precisou ser internada novamente.

De acordo com o pneumologista do HCor e especialista em doenças respiratórias João Marcos Salge, a embolia pulmonar não é uma complicação da pneumonia, mas pode, sim, ter acontecido devido ao tempo prolongado em repouso.

Embolia pulmonar: o que é?

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“A embolia pulmonar é uma forma de trombose e tem fatores de riscos bem definidos, que são: cirurgias vasculares e ortopédicas recentes, repouso prolongado, viagens aéreas e predisposição do sangue em coagular mais que o normal”, comenta o especialista, ao ressaltar que não existe relação direta entre pneumonia e embolia pulmonar.

Pessoas que tomam pílulas anticoncepcionais estão mais propensas a ter trombose, assim como as com câncer.

Segundo Salge, a embolia acontece quando parte de um coágulo se desprende de alguma veia, circula pela corrente sanguínea e atinge um órgão – neste caso, o pulmão -, provocando a obstrução de um ramo da artéria.

“Para a pessoa ter uma embolia pulmonar, ela tem que ter tido uma trombose – que é a formação de coágulos na veia -, porque o que migra é um coágulo ou parte dele”, explica o pneumologista.

Sintomas de pneumonia e de embolia 

Os sintomas da embolia pulmonar e da pneumonia são semelhantes. Por isso, Salge explica que as duas doenças podem ser facilmente confundidas, principalmente quando estão em fase inicial.

A principal diferença é que a embolia pulmonar costuma provocar uma dor súbita na região do tórax ou das costelas, dependendo de onde o coágulo se alojou. “A dor costuma piorar quando a pessoa tosse, espirra ou respira fundo”, alerta Salge.

Geralmente o paciente sabe descrever perfeitamente a hora que a dor começou porque ela é súbita e surge bem na hora que o trombo entope a artéria. Outra característica é que a dor é unilateral, a não ser que ocorram vários entupimentos, mas isto é raro.

Falta de ar, dor no peito, tosse seca que pode ou não vir acompanhada de sangue e febre são outros sintomas indicativos de embolia, mas que também podem indicar uma pneumonia.

“A pneumonia costuma dar uma febre mais alta. Já a embolia nem sempre vem acompanhada de febre e geralmente é mais baixa. Outro sintoma de pneumonia é um catarro amarelado ou até esverdeado, o que não ocorre na embolia”, comente o pneumologista sobre as diferenças clínicas.

Diagnósticos das doenças

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O exame mais usado para fazer o diagnóstico de embolia é a angiotomografia de artérias pulmonares. Nele, é injetado contraste na veia do paciente e, em seguida, é feita uma tomografia dos pulmões para ver se o contraste se distribuiu por igual ou se houve alguma falha de enchimento, o que é indicativo de entupimento.

“Às vezes, a pessoa acha que é apenas uma dor muscular no tórax e não procura o médico”, comenta sobre um erro comum que acaba atrasando o diagnóstico.

Quando a suspeita é de pneumonia, os médicos indicam a realização do exame de sangue, porque ele é capaz de indicar um quadro infeccioso, e de um raio-X, para verificar se o pulmão apresenta alguma mancha branca.

Se após a realização dos exames o médico suspeitar de embolia, ele pode pedir um exame de sangue chamado dímero D, que aponta a presença ou não de coágulos no corpo.

“Quando a suspeita é pequena ou moderada e este exame dá normal, descartamos a possibilidade de embolia. Se avaliando o histórico a probabilidade de trombose for alta, já optamos por fazer a tomografia direto”, explica o pneumologista do HCor. 

Doenças perigosas