Sentir muito medo de ser julgado é sintoma forte de tipo específico de transtorno mental

Insegurança e dificuldade de conversar, se abrir e socializar com pessoas desconhecidas são comuns entre os mais introvertidos. Os sentimentos, quando passageiros, apenas indicam um quadro de timidez que tende a desaparecer em um curto período de tempo.

No entanto, se o problema persiste e se apresenta de forma intensa, prejudicando atividades diárias e aparentemente banais do indivíduo, pode sinalizar um tipo específico de transtorno de ansiedade chamado de fobia social.

Como saber se você sofre de fobia social

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A fobia social, também chamada de transtorno de ansiedade social, é basicamente caracterizada pelo medo de ser avaliado ou julgado por outras pessoas em situações cotidianas, como em festas ou uma simples conversa com desconhecidos.

De acordo com o psiquiatra Mario Louzã, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, a fobia social é um quadro que lembra timidez, mas de forma extrema. O distúrbio prejudica o cotidiano do paciente, o que gera dificuldade e angústia de passar por situações sociais.

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Quem sofre de fobia social teme ser ridicularizado ou avaliado negativamente, o que faz com que se privem de socializar. Além disso, a condição é caracterizada por uma intensa ansiedade por antecipação de eventos sociais.

A fobia social pode apresentar sintomas emocionais e físicos. A principal manifestação é um medo excessivo de situações em que possa haver julgamento de outras pessoas, fruto de preocupação com um possível constrangimento ou humilhação ou faz com que o indivíduo evite qualquer exibição social e se isole.

Em situações sociais, quem sofre do transtorno ainda pode apresentar sintomas como tremores, gagueira, sudorese, alteração nos batimentos cardíacos, ânsia de vômito, diarreia e até mesmo vertigem.

Fobia social tem tratamento?

Segundo o médico, quem sofre de fobia social pode, inicialmente, realizar treinos de como agir e lidar com situações de exposição perante outras pessoas, com apoio de um psicólogo ou psiquiatra. As práticas incluem situações fictícias que são simuladas em realidade virtual ou com outra pessoa.

Além disso, podem ser usadas técnicas para controlar a ansiedade e, quando necessário, administração de medicamentos que ajudam a combater os sintomas.

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