Se não posso (ou não quero) tomar pílula, com quais métodos posso me proteger?

por | abr 25, 2018 | Saúde

De fácil administração, a pílula anticoncepcional é um dos métodos mais indicados para prevenir a gravidez indesejada. Mas, apesar da eficiência e da ampla variedade de dosagem hormonal, o contraceptivo pode ser contraindicado para algumas mulheres ou até mesmo evitado por outras, em função dos impactos gerados pelos hormônios sintéticos.

Pílula anticoncepcional: quem não pode usar

Recentemente, a pílula anticoncepcional passou a ser associada a casos de trombose, AVC e infarto. Há portanto, alguns fatores de risco que tornam a pílula desaconselhável para mulheres obesas, fumantes, acima dos 35 anos, hipertensas, com problemas de circulação, que estão no período de resguardo pós-parto, com câncer de mama ou doenças cardíacas.

Essas, além do contraceptivo em formato de pílula, muitas vezes são desaconselhadas por seus médicos a usar qualquer outro tipo de método com hormônio.

Não quero mais tomar anticoncepcional

Algumas mulheres optam por outros métodos contraceptivos por causa da influência hormonal causada pelas pílulas anticoncepcionais. O consumo da pílula é relacionado, muitas vezes, a diminuição da libido, alteração de humor, apetite, entre outros sintomas que podem variar entre mulheres.

Métodos contraceptivos além da pílula anticoncepcional

Sem hormônios

São direcionados às mulheres que apresentam contraindicação formal para o uso de hormônios, como histórico de doença cardiovascular na família, ou para as que apenas preferem uma contracepção livre de substâncias sintéticas.

Diafragma

É um anel flexível, de látex e em forma de cúpula. Quando colocado na vagina, impede o contato do sêmen com o colo do útero. É um método eficaz, mas a utilização incorreta aumenta o risco, tornando essencial uma consulta com um ginecologista antes do uso.

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DIU de cobre

O dispositivo intra-uterino (DIU) de cobre age por meio da liberação de sua estrutura, que gera inflamação no endométrio – tecido que reveste o útero – e resulta em um ambiente desfavorável aos espermatozoides e, consequentemente, à fecundação. É um método seguro, eficaz e de longa duração, mas requer exames anuais para verificar se o DIU está bem posicionado.

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Tabelinha

A tabelinha se baseia no cálculo do período fértil com o objetivo de aumentar a chance de gravidez ou evitá-la. Como contraceptivo, o método exige que a mulher evite relações sexuais ou use preservativo nos períodos em que há maior risco. Além disso, o ginecologista e obstetra Dr. Sérgio Kobayashi, especialista do Delboni Medicina Diagnóstica, alerta que utilizar o método como única forma de evitar a fecundação é arriscado, já que o organismo feminino pode sofrer alterações que modificam os períodos do ciclo reprodutivo.

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Preservativo

É o único método que evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, o que é uma grande vantagem além da contracepção, que tem 95% a 98% de eficácia.

O preservativo atua forrando a vagina, no caso da versão feminina, ou recobrindo o pênis, no caso da camisinha masculina, com um material elástico que geralmente é látex. Ele impede a passagem do sêmen para a cavidade feminina e, deste modo, evita a fecundação.

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Sintotermal

Assim como a tabelinha, sintotermal é um método de percepção da fertilidade que pode ser usado tanto por quem deseja evitar uma gestação quanto por quem quer tê-la.

A técnica se baseia em três tarefas diárias: medição da temperatura basal, análise do muco cervical e verificação do colo do útero. Tais características conseguem criar um padrão que diz se a mulher está no período fértil ou não.

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Contraceptivos hormonais

Além das mulheres sem contraindicação e das que não se incomodam em receber hormônios, os métodos anticoncepcionais hormonais também são indicados para portadoras de patologias que pioram no fluxo menstrual, como endometriose e adenomiose.

Adesivo

Consiste em um adesivo bege, parecido com um curativo, o qual libera hormônios derivados da progesterona e do estrogênio que impedem a ovulação. O adesivo anticoncepcional tem 91% de eficácia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e pode ser colocado em qualquer parte do corpo, mas é preciso ter cuidado pois qualquer atrito pode colaborar com seu descolamento, o que anulará a ação contraceptiva.

Anel vaginal

Trata-se de objeto de silicone que é inserido mensalmente na vagina da mulher. Ele libera estrogênio e progesterona, que são hormônios que impedem a ovulação. Sua eficácia é igual a do adesivo: 91%.

DIU Mirena

Esse tipo de DIU hormonal age por meio da liberação do hormônio progesterona, que espessa o muco do colo do útero e afina o endométrio. Como resultado, o espermatozoide não consegue penetrar o óvulo.

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Injeção

Já a indicação do anticoncepcional injetável atrai especialmente mulheres que desejam um contraceptivo de longa duração, mas que não seja um implante.

Há duas versões do produto, uma mensal e outra trimestral. Ambas liberam pequenas cargas de hormônios, que pode ser estrogênio com progesterona ou só progesterona.

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Implanon

É um pequeno bastão de 4 cm de comprimento que é colocado sob a pele do antebraço. Ele libera o hormônio derivado da progesterona, que tem ação contraceptiva pela inibição da liberação do óvulo e modificação do muco do colo do útero. O implante dura três anos e geralmente inibe a menstruação por completo, mas pode haver escapes.

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Métodos contraceptivos