Sacarina: doce bonzinho ou tóxico perigoso?

A sacarina, doce bonzinho, ou tóxico perigoso, é resposta que todos os consumidores deste adoçante devem ter antes de começar, ou dar continuidade ao seu consumo.

Afinal, se alguém pedisse que você polvilhasse alcatrão de carvão, no seu cereal pela manhã, o que faria? Provavelmente se negaria. Acha que somente um louco comeria alcatrão de carvão em pleno café da manhã? Mas e se o sabor fosse doce, muito, muito doce? Algo assim como 700 vezes mais doce que o próprio açúcar? O não ainda pode persistir, mas aqueles que já fizeram a ingestão de sacarina, sim, comeram subproduto de carvão.

Vamos primeiro fazer uma viagem no tempo, e voltar ao ano de 1878, quando um químico, que trabalhava com derivados do alcatrão de carvão, na universidade americana Johns Hopkins, descobriu a sacarina. Ao fim de um dia de trabalhar com os compostos, o químico constatou, acidentalmente, que sua mão estava doce. E assim nasceu este substituto do açúcar.

O produto passou a ser industrializado, e atualmente a sacarina é o resultado da combinação de dióxido de enxofre, cloro, amônia, ácido nitroso e ácido antranílico. Este último é usado, por exemplo, como corrosivo de metal.

Em 1907 a instituição americana que faz o controle de alimentos advertiu que a sacarina não poderia ser usada em alimentos, sendo classificada na ocasião como altamente prejudicial à saúde humana.

A discussão foi iniciada, e entre permissões e proibições, continuou no mercado. Mas em 1970, depois de testes em ratos, em laboratório, foi constatado que causa câncer na bexiga. Depois de muita controvérsia, avisos, etiquetas em produtos e discussões, já em 2010, a sacarina foi retirada da lista de alimentos cancerígenos.

Isso porque houve a comparação de que o organismo humano não pode ter a mesma resposta que o organismo de um rato. Diante da informação, os pesquisadores da Federação Americana de Alimentos emitiu um comunicado: ” Em ratos e camundongos a sacarina é cancerígena, e nos seres humanos, muito provavelmente”.

O fato é que nos Estados Unidos, por exemplo, houve um aumento de 10% de pessoas com câncer na bexiga, que coincidentemente, eram consumidoras de sacarina.

Os estudos também alertam que a ingestão deste adoçante pode estar associada a reações alérgicas, problemas respiratórios, erupções cutâneas, dores de cabeça e diarreia.