Afinal, quem precisa fazer colonoscopia? Saiba quando realizar esse exame importante no rastreio de câncer colorretal
A colonoscopia é um exame parecido com a endoscopia, mas que serve para examinar todo o interior do cólon (intestino grosso) e reto. Ele é uma das formas mais efetivas de prevenir o câncer colorretal ou assegurar a detecção precoce deste tipo bastante comum de câncer. Mas, afinal, quem precisa fazer colonoscopia, e quando? Entenda abaixo tudo sobre esse exame:
O que é colonoscopia e quem precisa fazer

O exame de colonoscopia é um exame endoscópico. Sendo assim, utiliza-se um tubo flexível com uma câmera na ponta para visualizar o interior de todo o intestino, inserindo o equipamento a partir do reto. Apesar de soar desconfortável, o exame é feito com o paciente sedado – e, por isso, não se percebe nada.
Além da visualização do órgão, é possível identificar e até retirar lesões suspeitas durante o exame. É o caso da ocorrência de pólipos, estruturas que nascem na parede do intestino, se projetam para o interior dele e têm potencial para se transformar em câncer futuramente. Outro exemplo é a realização de uma biópsia: ou seja, a coleta de material suspeito para análise patológica.
Segundo informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer), a maioria dos cânceres colorretais se desenvolve a partir de pólipos que passam despercebidos ao longo de anos. Detectá-los na colonoscopia permite que esse processo seja interrompido – e, por isso, o exame é extremamente importante na prevenção da doença.
Quem precisa fazer colonoscopia e quando?

Tradicionalmente, órgãos brasileiros como Ministério da Saúde e INCA recomendam a colonoscopia como forma de rastreamento do câncer para pessoas entre 50 e 75 anos de idade. Recomenda-se o mesmo para quem tem risco aumentado de desenvolver a doença, como pessoas com histórico familiar de câncer, síndromes genéticas e doença inflamatória intestinal, sem necessidade de aguardar uma faixa etária específica.
O que costuma ser feito, no entanto, é uma “filtragem” desse público. Serviços de saúde podem realizar a pesquisa de sangue oculto nas fezes, exame de fezes anual ou bienal que, quando apontam resultado positivo, demonstram necessidade de realizar a colonoscopia para investigação ou diagnóstico.
Caso o resultado da colonoscopia seja normal, indica-se que o exame seja repetido em dez anos. Já quando há remoção de pólipos, a frequência tende a cair para intervalos de três a cinco anos entre os exames. Essa frequência varia de acordo com fatores como o número de pólipos.
Já segundo órgãos internacionais, o ideal apontado seria que pessoas com risco médico começassem o rastreamento a partir dos 45 anos a cada dez anos. Independentemente das orientações, no entanto, recomenda-se fazer consultar regulares com um clínico de confiança. Isso porque, nessas consultas, o especialista pode avaliar riscos de forma mais personalizada, e sugerir a frequência adequada de realização de exames.