As cicatrizes aparecem quando a pele se refaz de lesões, sejam elas causadas por acidentes, cirurgias ou até por algumas doenças. A dermatologista Christiana Blattner, da Dermatolaser, em Campinas (SP), explica que qualquer trauma na pele irá desencadear o processo de cicatrização e o tempo de recuperação total varia muito, de acordo com cada caso. “Pessoas mais idosas, por exemplo, têm cicatrizes que demoram muito tempo para sumir. Outro fator de grande importância é o local da cicatriz. Quanto maior tensão, maior o esforço cicatricial, por isso áreas como costas, tórax e joelhos são mais complicadas, por serem de muito movimento”, afirma.
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Segundo ela, as peles mais claras costumam ter uma estética final melhor nas cicatrizes. Já as peles morenas, negras e orientais podem ter tendência a formar queloides. “Esta tendência é um retardamento do organismo em emitir um ‘stop’ nas células de colágeno para parar a produção de novas fibras”, explica.
O queloide acontece quando há um tipo de cicatrização exagerada. Pode apresentar vermelhidão e até uma sensação de pele mais endurecida na região. E ele não se reduz sozinho. Uma das origens mais frequentes de queloides é a cicatriz de cesárea. “Normalmente o queloide começa a crescer cerca de um mês depois que se forma a cicatriz”, afirma a dermatologista.
Ela explica que a dor é o maior problema do queloide, mas que é possível amenizá-la com aplicações de laser. Já a retirada do queloide deve ser feita por meio de pequenas cirurgias. Em todos os casos um médico deverá ser consultado, para que possa indicar o melhor tipo de tratamento para cada pessoa.