Queda da pálpebra e acúmulo de pele sobre os olhos: entenda a diferença

Conhecida popularmente como queda da pálpebra superior, o ptose palpebral é a condição na qual a pele acima de um ou de ambos os olhos é caída, obrigando o olho a ficar mais fechado do que o normal. Apesar de ter o efeito similar, a doença não deve ser confundida com o acúmulo de pele na pálpebra, uma condição muito comum na terceira idade que faz com que a pele recaia sobre o olho.

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Ptose palpebral

Paris Hilton sofre do problema (Getty Images)

Segundo explica o cirurgião-plástico Alexandre Piassi Passos, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e presidente da Associação de Cirurgia Plástica da USP-SP, o problema acomete pessoas de qualquer idade e pode, inclusive, ser congênito. “Algumas pessoas nascem com a ptose, outras a adquirem por vários motivos, como trauma ou cirurgia na região. Ela também pode indicar o início de um problema neurológico”, enumera.

A pessoa que sofre com esta condição não consegue levantar a pálpebra, que recai sobre o olho e, dependendo do grau, prejudica a visão. “O globo ocular vai atrás da luz. Quando há uma barreira, ele começa a entortar para conseguir enxergar”, explica. “Quando o problema é congênito e não tratado, a criança pode ficar cega, pois o olho precisa da exposição à luz para desenvolver a visão”, completa, acrescentando que, nestes casos, a cirurgia em recém-nascidos pode ser necessária.

Nos adultos, o problema também é funcional e requer cirurgia plástica para correção. “Muitos levantam a cabeça para conseguir olhar por baixo. Eles criam manobras para enxergar”, afirma Dr. Alexandre.

Acúmulo de pele na pálpebra

A rainha Elizabeth II possui acúmulo de pele sobre os olhos devido à idade (Getty Images)

Já o excesso de pele e gordura sobre os olhos é um problema associado ao envelhecimento. “Muitas vezes, nem há o aumento de gordura: ela apenas fica mal posicionada”, diz o especialista. “Todas as pessoas possuem uma bolsa de gordura nas pálpebras que, até os 40 anos de idade, é sustentada pelos músculos da face. Com a menopausa e o avançar da idade, os tecidos de tornam mais flácidos, e essa bolsa fica sobressaída”, explica.

Segundo ele, este é um problema que todas as pessoas vão enfrentar, seja em maior ou menor intensidade. Ele começa a aparecer a partir da 4ª década de vida, mas é mais acentuado na faixa dos 60 e 70 anos de idade.

Além do excesso de pele e gordura nas pálpebras, a perda natural de elasticidade da pele frontal (da testa) também contribui para acentuar o quadro. “Por isso, ao fazer a cirurgia de pálpebras, é interessante também levantar o supercílio”, afirma.

Na maioria das vezes, a correção é puramente estética. Porém, o cirurgião-plástico afirma que, em alguns casos, o acúmulo de pele pode causar problemas funcionais. “Não é incomum que a pessoa tracione a testa para esticar a pálpebra e conseguir enxergar melhor. Durante o dia todo, ela arregala os olhos e levanta as sobrancelhas sem nem perceber e, por conta da contratura muscular, acaba desenvolvendo dores de cabeça”, esclarece.

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