As propriedades medicinais da Erva Angélica são oriundas do seu potencial como fonte de vitaminas, minerais e óleos voláteis. Todas as partes desta planta, da raiz às folhas, podem ser usadas como remédio natural, sendo o uso da raiz o mais conhecido, dada sua popularidade contra doenças respiratórias.
Benefícios da erva angélica
Fonte de magnésio, vitamina B-12, potássio, zinco, ferro, riboflavina e outros minerais, a erva angélica – também conhecida como Raiz Angélica, Dong Quai, Angélica Jardim ou Selvagem, e Erva do Espírito Santo– tem os seguintes benefícios:
Pressão alta
Um dos benefícios da erva angélica é o de que, quando ingerida em forma de tônico, ela reduz a pressão arterial. De acordo com a nutricionista Lais Murta, isso acontece porque a planta age inibindo a formação de canais de cálcio nas células musculares, algo que contribui para que ela tenha potencial como um anti-hipertensivo.
Doenças respiratórias
Além de ser útil para reduzir a pressão arterial, a erva angélica também é conhecida por ser útil em amenizar sintomas de gripes, resfriado, tosse e outras condições respiratórias. Segundo Lais, isso se deve ao fato de que a erva possui, em suas folhas, propriedades antigripais e expectorantes. Em geral, também acredita-se que fazer gargarejo com um chá morno de angélica ajuda a amenizar dores de garganta.
Emagrecimento e inchaço
Bem como diversas outras ervas, a erva angélica pode ajudar o corpo a desinchar. Isso porque, de acordo com a nutricionista, a ela possui efeito digestivo e espasmódico, algo que favorece a regularização do intestino e pode então eliminar o inchaço abdominal causado por problemas de digestão.
Isso não significa necessariamente que a erva angélica emagrece, mas, ao reduzir o inchaço, é possível que a pessoa se sinta mais leve e note uma redução de medidas na região do abdômen.
Erva angélica faz bem para a pele?
Outra forma conhecida de se usar a erva angélica é fazer uma infusão com um punhado dela e depois aplicar em forma de cataplasma na pele com o objetivo de reduzir coceiras e inflamações. Isso, no entanto, não é comprovado por dermatologistas ou pela ciência em geral.
Embora já tenha ouvido falar deste uso, a dermatologista Roberta Rodrigues Fontanezzi Campos, do centro médico Consulta Aqui, afirma que não há artigos científicos que tenham estudado as propriedades da era para a pele. “Eu também não prescrevo para os meus pacientes”, diz ela.
Como tomar?
Conforme explica Lais, a forma mais indicada de se ingerir a erva angélica é a partir da decocção da planta – processo semelhante ao de se fazer um chá, mas mais utilizado para substâncias “duras”, tais como raízes, cascas e caules. Para isso, é preciso esmagar ou cortar a raiz e adicioná-la à água, deixando que a mistura ferva. Após alguns minutos, basta coar e servir.
Aqui, é interessante que o ingrediente só seja manipulado no momento de preparar a decocção para que não perca suas propriedades, e que a bebida seja consumida ainda no mesmo dia. Quanto à dosagem, a nutricionista afirma que o aconselhável é tomar duas xícaras do chá por dia, sendo uma delas depois do almoço e outra após o jantar.
Contraindicações
Ainda que traga muitos benefícios, a erva angélica não pode ser consumida por todos os grupos de pessoas; segundo Lais, ela não deve ser usada por quem sofre com diabetes, nem por mulheres grávidas e nem por pessoas que estejam com um quadro de diarreia.
Além disso, ela também alerta para a superdosagem, que pode ter efeito abortivo e tóxico, mexendo com o sistema nervoso central e gerando outros problemas de saúde. Ao tomar o chá, também deve-se evitar a exposição direta ao sol, já que pode haver fotossensibilização cutânea pela presença de uma substância chamada furocumarina na erva.
Em geral, é importante ter o acompanhamento de um profissional ao ingerir qualquer tipo de chá medicinal – além de ter cuidado na hora de identificar a erva, já que, segundo Lais, sua raiz se parece com a da planta chamada cicuta aquática, espécie bastante venenosa. Outro conselho da nutricionista é não usar a planta fresca.
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