Ao longo da pandemia de Covid-19 e do recente surto de gripe, circularam, tanto nas redes sociais quanto nas conversas fora delas, uma série de mitos e verdades sobre formas de contrair as doenças.
Diante das crescentes dúvidas, uma em especial chamou a atenção: é necessário trocar a escova de dentes após ter Covid-19?
Cuidados pós Covid19: é necessário trocar a escova de dentes?
Segundo a Fiocruz, após o conhecimento da infecção, o ideal é cumprir o período de quarentena e manter uma rotina de desinfecção de ambientes. Ao fim do quadro, recomenda-se uma limpeza geral nos cômodos, mas nem tudo o que foi utilizado durante o período em que se esteve doente precisa ser descartado.
De acordo com a infectologista Laís Seriacopi, do hospital HSANP, em São Paulo, escovas de dente não precisam ser descartadas nos casos em que o paciente não ficou internado.
“Nós recomendamos apenas que as escovas não fiquem todas juntas num mesmo recipiente no banheiro quando houver alguém doente. Mas a troca pode ser feita no período recomendado de três meses após o início da utilização. Não há evidências de que o vírus permaneça na escova de dentes após o quadro”, ressalta Laís a Tá Saudável.
Mas vale ressaltar que o infectado deve caprichar na higiene oral ao passar pela enfermidade. Isso porque um estudo publicado no periódico científico Journal of Clinical Periodontology mostra que condições como a periodontite podem contribuir para o agravamento da Covid-19.
Por último, também de acordo com a Fiocruz, a recomendação é que objetos utilizados pelo indivíduo durante o período de isolamento social em casa, como caixas de máscaras, rolos de papel e lenços sejam colocados em sacos plásticos impermeáveis e descartados no lixo comum.
Hospitalização por Covid-19: orientação para descarte de objetos é diferente
Para pessoas que enfrentaram a Covid-19 em sua forma mais grave e precisaram de hospitalização, as recomendações mudam um pouco.
“Nestes casos, tudo o que a pessoa usou deve ser descartado no momento da alta. Isso porque há o risco de acontecer infecções cruzadas com os micro-organismos presentes no hospital”, complementa a especialista.
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