Engana-se quem pensa que os portadores da osteoporose não podem praticar atividades físicas. Sejam jovens, adultos e até mesmo os idosos devem fazer exercícios para promover o fortalecimento da massa óssea do corpo e o bem-estar da saúde. É claro que essas atividades precisam de um acompanhamento profissional, já que algumas pessoas podem estar em um estágio da doença em que os ossos já estão comprometidos.
“Pessoas com osteoporose não só podem praticar atividades físicas como devem realizá-las. Faz parte do tratamento, juntamente com as medicações específicas, realizar uma atividade física, ter uma alimentação adequada e hábitos de vida saudáveis (parar de fumar e ingerir bebidas alcoólicas, por exemplo). Essas medidas podem manter e até mesmo, em alguns casos, possibilitar o ganho de massa óssea, diminuindo o risco de fraturas e complicações”, comenta o fisiatra Moisés da Cunha Lima.
Porém, grande parte da população não realiza atividade física. Esse foi o resultado apontado pela pesquisa Firme e Forte Osteoporose 2012. A pesquisa mostrou que 72% das mulheres acima de 45 anos de idade não praticam atividades físicas regularmente, o que preocupa e muito a classe médica. Isto porque durante a menopausa, ocorre a diminuição do hormônio chamado estrogênio, responsável pela proteção e aumento da massa óssea.
A Diretora do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, Pérola Grinberg Plapler, explica que dentro dos ossos existem células que funcionam como sensores de movimento e quando percebem alguma deformação causada por movimento gera um estímulo para a formação de mais osso. Por isso a extrema importância da atividade física. Os exercícios que mais contribuem com essas células são os de impacto e a musculação. “Quando feitos de forma adequada, respeitando os limites do condicionamento físico, da segurança e não provocando dor, os exercícios físicos são muito bem vindos, porque têm a capacidade de melhorar a força, a resistência dos músculos e dos ossos, além de beneficiar o equilíbrio e a coordenação”, ressalta.
Para o fisiatra “faz parte do tratamento, juntamente com as medicações específicas realizar uma atividade física, ter uma alimentação adequada e hábitos de vida saudáveis (parar de fumar e usar álcool, por exemplo). Essas medidas podem reduzir a perda de massa óssea, manter e até mesmo, em alguns casos, possibilitar seu ganho, diminuindo o risco de fraturas e complicações”, comenta.
Qualquer atividade que proporcione treino do equilíbrio, melhora da postura, da estrutura muscular, flexibilidade e da mobilidade, pode evitar o risco de quedas e, consequentemente, as fraturas por fragilidade. O médico reforça que atividades como a caminhada, a corrida, o pilates e a yoga podem amenizar as complicações da osteoporose.
A nova rotina agrega outros benefícios ao corpo como: mais disposição, perda de peso, diminuição das taxas de glicemia e colesterol, além de proporcionar bem-estar e maior longevidade. “Cada pessoa deve ser avaliada individualmente para que a atividade física seja prescrita da forma mais adequada, conforme o grau de osteoporose, limitação, dificuldades e doenças de base”, finaliza Lima.
Sobre a Campanha Firme e Forte
Lançada em 2011, o objetivo Campanha Firme e Forte Osteoporose é alertar e orientar a população sobre a importância da prevenção e combate à osteoporose, doença silenciosa, tão perigosa quanto à hipertensão e que já atinge 10 milhões de brasileiros. As ações estão programadas para acontecer até o fim de 2012, trazendo informações sobre a doença, ações de alerta para mudança de hábitos de vida e alimentares, além da prevenção.
É uma iniciativa inédita da Abrasso – Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo e conta com o apoio do Ministério da Saúde, da International Osteoporosis Foundation (IOF) e da Federação Nacional e de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco). Para saber mais sobre a campanha, basta acessar o link: http://sejafirmeforte.com.br. Lá é possível encontrar informações, entrevistas e muitas dicas sobre o tema.