Por que infarto em jovens é mais fulminante, como aconteceu com filho de Cafu

por | set 5, 2019 | Saúde

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Danilo Feliciano Moraes, o filho mais velho de Cafu, morreu na noite desta quarta-feira (4) aos 30 anos vítima de um infarto. Segundo confirmou a equipe da Fundação Cafu ao VIX, o jovem jogava bola em casa quando se sentiu mal e chegou a ser encaminhado a um hospital, mas não resistiu.

Filho de Cafu morre aos 30 anos

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Danilo era o mais velho do ex-jogador Cafu – pentacampeão pela seleção brasileira de futebol masculino. A morte do rapaz, aos 30 anos, pegou muitos de surpresa pela precocidade e gerou uma onda de comoção, especialmente por amigos e fãs do ex-capitão da seleção brasileira.

Na noite da última quarta-feira, o rapaz jogava uma partida de futebol entre amigos, na residência da família, quando começou a passar mal.

Ao sair de campo, Danilo caiu e teve o infarto. Segundo a assessoria de imprensa da Fundação Cafu, Danilo apresentava histórico de problemas cardíacos e antes do quadro que o levou a óbito, já havia tido um princípio de infarto.

Infarto é mais perigoso em jovens

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O infarto consiste na interrupção da circulação sanguínea no músculo cardíaco pela formação de coágulos, geralmente causando fortes dores no peito e afetando o ritmo dos batimentos cardíacos. O quadro ainda gera formigamento no braço esquerdo e pescoço, náusea e vômito.

Quanto mais jovem a pessoa, pior é a repercussão do infarto no corpo. De acordo com informações do Hospital Albert Einstein, o quadro tende a ser mais grave neste caso porque envolve porções maiores do coração – a mesma lógica ocorre em casos de AVC, só que com o cérebro.

Além de envolver mais regiões do coração, nos jovens, é comum que o entupimento aconteça em artérias maiores e evolua mais rapidamente.

Vale destacar que há diferenças entre o infarto que acontece em jovens e idosos. Em pessoas mais novas, o quadro é desencadeado por coágulos originados em outras partes, enquanto nas mais velhas, resulta de doenças típicas da idade.

Independente da idade, é necessário que o evento seja revertido o mais rápido possível, caso contrário, pode haver danos irreparáveis ao paciente, como falta de oxigenação ao cérebro e até mesmo a morte.

O risco de ter um infarto é ampliado com a presença de alguns fatores de risco. Passar o dia estressado, diabetes, tabagismo, hipertensão, colesterol alto, sedentarismo, obesidade e histórico de problemas coronarianos são alguns deles – independentemente de gênero ou idade.

Exercícios físicos podem causar infarto?

Praticar exercícios físicos é uma estratégia para manter não só a boa forma, mas também a saúde. Porém, é preciso cuidado especial, dependendo da condição cardíaca do praticante, para que ela não cause o efeito contrário.

“O risco de um mal súbito [durante o exercício] só ocorre em quem tem uma alteração de base que pode desencadear arritmias, ou seja, a pessoa já tem um problema estrutural ou na condução elétrica do coração e ela é potencializada com o exercício máximo”, explica cardiologista Guilherme Renke.

Caso a pessoa tenha histórico de problemas cardíacos, o risco é o mesmo tanto para exercícios regulares quanto esporádicos, mas a situação muda no caso de atletas, já que, segundo o médico, a alta exigência metabólica pode gerar problemas.

“Atletas profissionais podem ter alterações específicas na condução elétrica por hipertrofia do ventrículo esquerdo”, pontua Renke.

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De acordo com Renke, ter uma alimentação rica em gorduras boas, legumes e verduras, assim como evitar frituras, alimentos industrializados, açúcar e bebidas alcoólicas são medidas benéficas ao coração. Vale também um acompanhamento médico preventivo.

Morte do filho do Cafu