Óleos: bandidos ou mocinhos?

por | jun 30, 2016 | Saúde

Considerando o universo de alternativas que temos à disposição, antes de escolher, há que conhecer quais são os óleos bandidos e mocinhos para a nossa saúde. Pode-se dizer que há aqueles que devem ser condenados, e os que devem ser aclamados como heróis para o bom funcionamento do organismo. Da manteiga passada no pão, ao óleo usado para reforgar o arroz, chegando ao azeite para temperar a salada, existem vários perfis. E já que o nosso corpo precisa de gordura, é importante saber qual deve estar presente na nossa dieta, ou qual deve ser eliminada.

Vamos começar por um sub produto do óleo, as acrilamidas. Está presente em alimentos fritos industrializados, como salgadinhos de milho, ou batatas fritas de pacote. É considerada uma gordura extraordinariamente ruim para o organismo, com lugar cativo na lista de alimentos cancerígenos. Além disso, é classificada como neurotoxina, ou seja, provoca danos ao Sistema Nervoso, conforme comprovado num estudo realizado na Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos.

Em seguida vêm a gordura trans, encontrada nas margarinas, por exemplo. Esta pode aumentar em 25% o potencial de um ataque cardíaco. 1 colher de sopa de margarina tem 2,8 gramas de gordura trans. E se cozinhar com margarina, estará transformando o ruim em algo ainda pior. Outras fontes de gordura trans são os preparados para bolo, sopas pré-preparadas, batatas e frango preparados ao estilo fast food, e alimentos congelados, como as pizzas, douradinhos, empanados, empadões, e tortas congeladas, entre outros. Se quiser identificar um produto com gordura trans, leia rótulo.

Em relação aos que são utilizados para cozinhar, independente do tipo, há que saber que é imprudente usar o mesmo óleo várias vezes, para fritar as batatas, por exemplo. Quanto mais velho for o óleo, mais será  inapropriado para o consumo humano.

E há que separar duas categorias: usados para cozinhar e usados crus.

Do ponto de vista da Ayuverda o melhor para cozinhar é o óleo conhecido como Ghee (trata-se de uma manteiga de garrafa, também conhecida como manteiga clarificada). Em seguida está o óleo de semente de uva, e o óleo de coco virgem. Uma segunda lista de escolhas saudáveis, engloba o óleo de sésamo, de amendoim, de girassol ou de nozes. Uma dica é jamais deixar que o óleo chegue a temperatura onde começa a sair fumaça. Ainda que sejam os mais saudáveis, devem ser usados com moderação, e nunca reutilizados até uma terceira vez. Caso contrário, há risco de danos ao fígado e à vesícula biliar.

Para temperar a salada, ou os óleos que são comestíveis crus, os mais benéficos incluem azeite de oliva – o mais recomendado, a manteiga Ghee, e os óleos de girassol, macadâmia, amêndoa, abóbora, nozes e de abacate.

Ingerir os óleos de maneira correta faz uma diferença enorme no processo digestivo. Óleos saudáveis são a melhor escolha para eliminar a carga tóxica do fígado, auxilia na saúde em geral, e é uma excelente maneira de nutrir-se com ácidos graxos ômega 3, indispensáveis para que o seu coração funcione corretamente.