A falta de diálogo entre profissionais de saúde e pacientes é o principal obstáculo no tratamento da obesidade, e isso acontece por causa dos preconceitos relacionados a esta condição.
Esta foi a conclusão de um estudo recente encomendado pela empresa farmacêutica Novo Nordisk sobre o desalinhamento entre percepção, realidade e ações no tratamento da obesidade ao redor do mundo.
Tratamento para obesidade não deu certo: a culpa é do paciente?
Ao entrevistar 15 mil pessoas com obesidade e 2,7 mil profissionais de saúde de 11 países, o estudo identificou que pacientes obesos demoram, em média, seis anos para procurar tratamento médico, e a maioria (81%) assume total responsabilidade pela sua condição.
Entre os profissionais de saúde, 71% acreditam que pessoas com obesidade não têm interesse em perder peso. No entanto, entre os pacientes, apenas 7% se consideram desinteressados em combater o problema.

Falta de diálogo
A falsa percepção de que pessoas obesas não estão interessadas em mudar seus hábitos de vida torna-se uma barreira para o diálogo com profissionais de saúde, como indicou o estudo.
Entre os que sofrem com obesidade, 68% afirmaram que gostariam que seus médicos puxassem assunto sobre a questão, e apenas 3% disseram que se sentiriam ofendidos com isso.
“Nossos dados sugerem que pessoas com obesidade estão motivadas a perder peso e que há uma oportunidade para os profissionais de saúde iniciarem conversas mais precoces e eficazes sobre perda de peso, com o mínimo de receio de ofender”, conclui a pesquisa.








