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Mãe de primeira viagem, a modelo Laura Neiva falou abertamente sobre sua experiência com a epilepsia durante a gravidez, doença que ela descobriu ter aos 19 anos de idade.
Em vídeo compartilhado no Instagram, a modelo fez um longo relato sobre a doença que lhe acompanha desde a adolescência e citou, além das convulsões, as chamadas crises de ausência, que se intensificaram durante o período gestacional.
Laura Neiva e a epilepsia
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Conforme relato de Laura, aos 19 anos ela foi diagnosticada com a chamada epilepsia congênita após convulsionar pela primeira vez. Segundo Laura, até então suas crises epilépticas se manifestavam por meio da chamada aura – uma sensação que normalmente antecede uma convulsão.
“Desde os meus 14 anos, eu sentia esporadicamente uma sensação que era a seguinte: eu saía do meu corpo, voltava, tinha vontade de correr, vinha uma sensação de medo muito forte, era uma sensação muito forte e que, na verdade, durava segundos, milésimos de segundos. Quem via de fora, não necessariamente percebia alguma coisa (…) Não necessariamente todas as vezes que eu tive aura, tenho a convulsão. Mas todas as vezes que eu tive convulsão, eu tive aura. É como se fosse um aviso do meu cérebro. Hoje, quando eu sinto isso, eu sei que eu preciso sentar, ou deitar, ou avisar alguém.”
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Outro sintoma que Laura relatou ter em sua epilepsia são as crises de ausência. Elas se manifestam principalmente quando Laura esquece de tomar os remédios de controle da doença e também estiveram presentes na gravidez de Maria.
“Eu sabia que muitas mulheres epilépticas melhoram as crises na gestação por conta da oscilação hormonal, mas existem algumas que pioraram, e esse foi o meu caso. Aumentaram as crises de ausência e as convulsões, mesmo tomando remédio. Então, na gravidez, eu tive que aumentar a dosagem do meu remédio e colocar um outro remédio junto – mesmo que não seja o indicado alterar o medicamento na gravidez. Mas eu corria risco: podia cair, me machucar, a gente preferiu adicionar um outro remédio do que correr outro risco. Fazendo esse combo, eu parei de ter crise e a gente conseguiu controlar. Mas isso levou alguns meses. Depois que eu pari, as crises foram parando e a coisa está mais controlada. Vou poder fazer outros exames.”
Crises de ausência: o que são
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A epilepsia é uma doença sem cura e que afeta temporariamente o funcionamento do cérebro durante alguns segundos ou minutos. Parte do órgão emite sinais incorretos e os sintomas podem ser mais ou menos evidentes.
As chamadas crises de ausência são um dos sinais característicos da epilepsia. O sintoma tem como característica um aparente “desligamento” da realidade, sem haver perda de consciência. Nela, o indivíduo pode realizar movimentos desordenados, ter distorção de percepções, falar coisas sem nexo, entre outros efeitos.