Saber reconhecer seu tipo de pé e pisada é importante, já que cada um está ligado à maior suscetibilidade de doenças nos membros inferiores. A seguir, aprenda como identificar e o que fazer:
Tipo de arco do pé aumenta chance de doenças
O ortopedista e professor João Luiz Vieira, do curso de Medicina da Universidade Positivo, explica que algumas formas de pés podem aumentar o risco de patologias que afetam os membros inferiores. Isso não quer dizer que pessoas com determinados arcos vão desenvolver doenças, mas sim que estão mais suscetíveis a elas.
Pé normal
É o mais comum e, como o próprio diz, é considerado um pé adequado, visto que distribui o peso do corpo de forma equilibrada. Seu apoio está centrado no calcanhar, na lateral externa do pé e na parte frontal.
Ele não aumenta a predisposição para nenhuma condição médica.
Pé cavo
A curvatura da sola desse tipo e pé é muito acentuada e curvada, o que faz com que a parte central quase não toque o chão e o peso fique concentrado no calcanhar e na parte frontal do membro.
Pessoas com pé cavo tem tendência à pisada supinada. Nela, o indivíduo usa a parte externa e a área do dedo mindinho para impulsionar a caminhada.
O que pode causar?
Fascite plantar, metatarsalgia e tendinite de Aquiles são acometimentos mais associados ao pé cavo.
Por suportar maior parte do peso corporal na parte frontal da sola, esse formato é mais instável, de modo que eleva a chance de sofrer torções do tornozelo.
O cavo está mais ligado ao joelho varo, caracterizado pelo arqueamento das articulações para as laterais exteriores, o que causa sobrecarga que pode levar a lesões no menisco.
Pé plano
Também conhecido como pé chato, tem pouca ou nenhuma curvatura em sua planta, tocando o chão inteiramente.
Geralmente, esse tipo tem tendência para pisada pronada, em que o peso do corpo cai para a borda interna, no entanto, isso não é uma regra.
O que pode causar?
Pessoas que apresentam pé chato gastam mais energia ao realizar atividades de deslocamento e têm sobrecarga da parte interna dos membros inferiores, o que leva ao desenvolvimento de joanetes, tendinite do tendão tibial posterior, problemas na articulação da patela e tendinite patelar e/ou de quadríceps.
Como identificar seu tipo de pé: teste caseiro

A melhor maneira de descobrir como é o formato do pé é buscando um médico ortopedista, de preferência especializado em tornozelo e pé. Ele pode pedir exames como a baropodometria, que analisa a pisada.
De acordo com o ortopedista João Luiz Vieira, também é possível avaliar o desgaste do solado em casa. Basta molhar o pé e caminhar em uma folha de papel, como jornal. A marca que ficar no material deve ser comparada com os tipos representados nas imagens acima.
“Se for normal, a área molhada será uniforme. Se for chato, toda à área que encostou ficará molhada. Já se for cavo, as áreas mais molhadas serão o calcanhar e a ponta”, indica o especialista.
O que fazer?
O pé normal não precisa ser corrigido, já o cavo e o chato podem distribuir melhor o peso corporal e evitar lesões com o uso de palmilhas ortopédicas e fisioterapia com exercícios de alongamento, fortalecimento e propriocepção – que visa regular o equilíbrio postural.
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