A atriz Jada Pinkett Smith fez uma sincera revelação sobre sua própria saúde mental durante uma edição do Red Table Talk, talk show norte-americano estrelado pela artista, a filha e cantora Willow Smith e Adrienne Banfield-Norris.
Além da importância de falar abertamente sobre a depressão que enfrentou no passado, o desabafo da esposa de Will Smith também é pertinente por servir de alerta ao mostrar os riscos que muitos pacientes em quadros depressivos estão sujeitos ao lidarem com a doença.
Depressão de Jada Pinkett Smith

Em conversa com os participantes do talk show sobre como se discutir a saúde mental, Jada decidiu contar a sua própria experiência sobre o assunto.
Segundo Jada, logo quando chegou em Los Angeles para iniciar a carreira na juventude, a atriz desenvolveu um quadro depressivo.
“Eu estava severamente depressiva, severamente. E a depressão foi algo com que eu lutei por anos. Acordar de manhã era a pior parte do meu dia.”
Em determinado momento, a conversa voltou-se para as condições que levaram à morte do rapper Mac Miller há cerca de três meses – que envolvem essencialmente quadros de depressão e de overdose.
Jada, então, lembrou-se da forma como lidou com a sua própria depressão e contou que, ao saber da morte do rapper, identificou-se com a situação.
“Eu não conheci Mac Miller, mas quando olho para as circunstâncias [de sua morte], senti muito por ele, porque eu sabia que poderia ter sido eu facilmente”, disse Jada. “Eu estava igual”, confessou a atriz.
Solução encontrada por Jada para lidar com depressão serve de alerta

Jada, então, explicou por que conseguiu se identificar tanto com as condições que levaram à morte de Mac Miller.
“Durante minha depressão, usava ecstasy, bebia muito e fumava muita maconha na tentativa de encontrar paz em minha mente. É como se eu soubesse o que estava fazendo: eu usava ecstasy porque queria me divertir”, admitiu a atriz.
Risco da dependência

Não é raro que pessoas em quadros depressivos recorram ao uso excessivo de álcool ou de drogas como válvula de escape aos sintomas da doença.
Entretanto, o uso massivo dessas substâncias pode desencadear outro quadro de saúde ao paciente: a dependência química.
“Como essas substâncias trazem a sensação de felicidade momentânea, podem levar ao vício. Principalmente para quem está suscetível, se torna uma fuga para o problema”, explica a psiquiatra Lilian Souza Soares, da ECare (rede de saúde mental).
“Eu sabia que estava no caminho do vício. Eu tinha clareza sobre isso”, lembrou Jada.
A situação revelada pela atriz serve de alerta para o risco de não diagnosticar e tratar a doença corretamente. Por isso, é importante interpretar sinais – óbvios ou não – da depressão e não temer buscar ajuda médica, já que a condição é séria e pode evoluir para quadros debilitantes e até mesmo a morte.
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