Além dos crescentes números de casos e mortes por Covid-19, a Índia agora enfrenta uma onda de infecção rara e potencialmente fatal.
Desde o início do mês de maio, médicos relatam aumento expressivo de casos de mucormicose, também conhecida como “fungo negro”, entre pacientes com coronavírus, que já apresentam baixa imunidade.
O que causa a infecção pelo fungo negro?
De acordo com informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o fungo negro é causado por mofo encontrado em ambientes úmidos e pode atacar o trato respiratório.
O fungo não é contagioso e não costuma ser prejudicial para a maioria das pessoas. Porém, pode causar infecções graves em indivíduos com sistema imunológico enfraquecido
A mucormicose afeta geralmente os seios da face ou os pulmões depois que uma pessoa inala os esporos do fungo no ar. O fungo ainda pode afetar a pele após uma lesão, como um corte ou queimadura.
Os sintomas de mucormicose dependem de onde o fungo está crescendo no corpo, mas podem incluir:
- Edema facial
- Febre
- Úlceras na pele
- Lesões pretas na boca
- Visão turva
- Dor no peito
- Dificuldades para respirar
- Tosse com sangue
Nos casos mais graves, a infecção pode afetar o cérebro, causar perda de visão ou criar um buraco aberto. Se não for controlado e tratado, pode ter uma taxa de mortalidade de até 50%.
Qual a relação entre Covid-19 e o fungo negro?
Pacientes com Covid-19 apresentam sistema imunológico enfraquecido, o que favorece a infecção pelo fungo negro. Além disso, os medicamentos de tratamento contra o coronavírus também podem suprimir a resposta imunológica da pessoa, favorecendo o surgimento da infecção, conforme relatado em um estudo científico publicado em 21 de maio de 2021 no periódico Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews.
É importante ressaltar, no entanto, que isso não significa que todos os pacientes da Covid-19 serão infectados por mucormicose. A condição é bastante rara e incomum entre aqueles que não sofrem de diabetes.
A doença causada pelo fungo negro é combatida com medicamentos antifúngicos administrados por via intravenosa e o tratamento pode demorar até seis semanas.
