Mitos sobre o câncer de mama que atrasam o diagnóstico

Entenda como a informação pode ser uma aliada no tratamento da doença

Por ser o tipo mais incidente entre as mulheres no Brasil, o câncer de mama ainda assusta. No entanto, a conscientização e o avanço da medicina ajudam a garantir uma qualidade de vida melhor, além de mais agilidade no diagnóstico.

Para isso, então, é importante conhecer alguns mitos sobre o câncer de mama que podem atrapalhar na descoberta da doença e, consequentemente, no tratamento. Veja abaixo quais são eles .

Mitos sobre o câncer de mama

1- “Mamografia causa câncer” 

Falso. Segundo a a oncologista Bruna Carone, médica do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), a radiação utilizada é mínima e o exame continua sendo a principal ferramenta para o diagnóstico precoce.

2- “Só quem tem histórico familiar tem câncer”

Falso. Isso porque a maior parte dos casos não tem relação com herança genética.

(Crédito: stefamerpik/freepik)

Como garantir um tratamento mais eficaz?

Sem dúvidas, o diagnóstico precoce pode te ajudar na hora do tratamento, permitindo mais chance de cura. “Além disso, o tratamento em alguns casos pode ser menos agressivo, com cirurgias mais conservadoras e menor necessidade de quimioterapia”, afirma.

Por isso, é importante observar o próprio corpo, mesmo no caso de mulheres abaixo dos 40 anos, grupo que vem sofrendo um aumento na incidência de casos. “Nódulos palpáveis geralmente chamam muito a atenção. Mas, em alguns casos, o câncer de mama pode aparecer como uma inflamação na mama (vermelhidão), mudança no formato da mama, retração da pele ou secreção pelo mamilo”, explica a oncologista.

Além disso, manter hábitos saudáveis podem te ajudar a diminuir os riscos de câncer de mama. “Já temos estudos mostrando que alimentação saudável e atividade física reduzem o risco em quem nunca teve câncer, reduzem recidiva em quem já teve, e melhoram a resposta e tolerância ao tratamento em quem está tratando”, afirma Bruna.

Outro ponto que aumenta o otimismo na cura da doença está no avanço da medicina. Atualmente, já existem:

  • medicações-alvo com uma melhor resposta da doença;
  • cirurgias menos mutilantes;
  • testes genômicos que ajudam a calcular o risco de retorno da doença e o quão agressivo deve-se ser no tratamento;
  • medicações orais mais modernas para doenças avançadas.

Saúde feminina