Em meio ao estudo de inúmeras potenciais novas terapias contra o câncer, pesquisadores da Alemanha combinaram recentemente elementos de robótica e biologia para algo inovador. Com isso, no futuro, pode ser que “microrrobôs” atuem no tratamento do câncer, permitindo um combate mais “certeiro”.
Microrrobôs que podem combater o câncer
Realizado por pesquisadores do Departamento de Inteligência Física do Instituto Max Planck, na Alemanha, o trabalho científico foi responsável pela criação dos chamados “microrrobôs” biohíbridos. Para isso, os envolvidos utilizaram uma bactéria que atravessa facilmente materiais que vão de líquidos a tecidos altamente viscosos, e anexaram à ela nanopartículas magnéticas. Quando expostas a um campo magnético, a velocidade delas aumenta, permitindo então que elas cheguem ao local desejado rapidamente.
Estes “microrrobôs” poderiam, portanto, alcançar células tumorais levando drogas quimioterápicas diretamente até elas. Uma vez junto do tumor, estas estruturas crescem e começam a agir contra o câncer. Além disso, em um comunicado divulgado pela instituição, Birgül Akolpoglu, principal autor do trabalho, afirmou que estes “microrrobôs” biohíbridos podem ser usados para despertar o sistema imunológico do paciente, o que ajuda a combater as células tumorais junto com os medicamentos.
Diante do trabalho, cujos resultados foram divulgados em julho de 2022 no periódico científico Science Advances, pesquisadores estão animados com o futuro dos tratamentos para câncer. “’Microrrobôs’ biohíbridos baseados em bactérias com funcionalidades médicas podem, um dia, combater o câncer de forma mais eficaz. É uma nova abordagem terapêutica não muito distante de como tratamos o câncer hoje”, acrescentou Metin Sitti, coautor da pesquisa.