A queda hormonal de uma mulher começa a acontecer por volta dos 30 anos. Mas, é a partir dos 50 que os sintomas se tornam perceptíveis. Grande parte das mulheres consegue enfrentar o período sem ter que buscar tratamentos. Outras, no entanto, para amenizar o sofrimento causado pela alteração hormonal, podem recorrer à reposição hormonal. No entanto, linhas de pesquisas médicas mostram que a ingestão dos medicamentos pode agravar outros problemas de saúde. Por isso, para resolver essa equação, especialistas indicam a modelação hormonal e, principalmente, a prevenção através da alimentação.
Veja também:
Menopausa: 20 mitos e verdades
6 dicas para ter uma menopausa saudável
Engravidar perto da menopausa é possível? Ginecologista explica
Modelação hormonal: o que é?
Ondas de calor, insônia, fadiga, dificuldade de concentração, alteração na pele e cabelos, irritação, redução da libido e ressecamento vaginal estão entre os sintomas da menop ausa. Para amenizá-los, endocrinologistas muitas vezes receitam a reposição hormonal. O tratamento visa controlar o nível de determinados hormônios no corpo e, consequentemente, amenizar os sintomas.
Prejuízo
Os hormônios sintéticos, no entanto, podem estar associados a maiores riscos de doenças cardíacas, hipertensão arterial, obesidade e câncer. Por isso, de acordo com Jorge Jamili, geriatra especialista em medicina preventiva e consultor da Phosther Algamar, uma alternativa é a prescrição de hormônios bioidênticos, que são estruturas produzidas em laboratórios que possuem, no entanto, estrutura molecular idêntica às substâncias produzidas naturalmente pelo organismo humano e, por isso, são mais facilmente assimiladas.
Combate à menopausa: formas naturais
Alimentação
Embora a modelação hormonal seja uma possibilidade menos agressiva, o médico diz que a melhor opção ainda é a comida. “A melhor opção é a prevenção, por meio de uma nutrição adequada, adiando a necessidade de ingestão, inclusive, dos hormônios bioidênticos”, comenta.
Segundo Jorge, o segredo está na relação existente entre determinados nutrientes e a produção hormonal. “Ingerindo frutas, legumes, hortaliças e outros produtos de alto teor nutritivo e fazendo uma suplementação com minerais orgânicos, é possível estabilizar a produção natural de hormônios pelo organismo”, explica.
Além do consumo de alimentos saudáveis, minerais e vitaminas também precisam ser ingeridos em quantidades suficientes.
- Selênio: castanhas e farinha de trigo
- Zinco: frutos do mar e carne vermelha
- Iodo: frutos do mar e leite
- Cobre: fígado de boi e ostras
- Magnésio: sementes e castanhas
- Manganês: castanhas e farelos de cereais
- Cálcio: leite e derivados
- Vitamina b2: brocólis e verduras verde escuras
- Colesterol bom: salmão e castanhas
Estão entre as substâncias indispensáveis para atrasar a menopausa. Elas podem ser obtidas através da alimentação. Mas, o geriatra recomenda que um panorama seja feito para verificar se o corpo está absorvendo a quantidade necessária de todos eles. Em casos de resposta negativa, suplementos podem ser prescritos pelo médico.