Márcia Goldschmidt culpa hospital por filha ter tido cirrose após nascer: entenda doença

Morando em Portugal há alguns anos, Márcia Goldschmidt, apresentadora conhecida nos anos 2000 por seus programas vespertinos, retornou ao Brasil para acompanhar o tratamento de saúde de uma de suas filhas.

A pequena Yanne, de apenas 5 anos, precisou de um transplante de fígado quando ainda era bebê após sofrer complicações no órgão. Segundo Márcia revelou ao programa Balanço Geral, da TV Record, a criança está sendo tratada agora no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

A ex-apresentadora afirma que está processando judicialmente o hospital que realizou o parto da criança. Segundo ela, o órgão foi comprometido devido à demora da equipe médica em diagnosticar uma infecção hospitalar que teria desenvolvido a cirrose. 

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Problema de saúde da filha de Márcia Goldschmidt

Márcia engravidou de gêmeas aos 49 anos com o auxílio de um tratamento de fertilização. Aos seis meses de gravidez, as meninas nasceram e precisaram passar três meses na UTI neonatal. Foi aí, de acordo com a ex-apresentadora, que as complicações com a pequena Yanne começaram.

“As meninas nasceram prematuras de seis meses porque eu tive pré-eclâmpsia e, por causa disso, o parto teve que ser antecipado e as meninas ficaram três meses na UTI neonatal. Durante esse período, a Yanne contraiu uma infecção hospitalar”, conta Márcia na entrevista.

“A Yanne não precisou de um transplante porque a mãe dela teve uma gravidez tardia, tanto que a Vitória [irmã gêmea] não precisou de nada. Ela precisou de um transplante porque ela foi infectada no hospital, e essa infecção e o diagnóstico tardio dos médicos em Portugal levaram à perda do fígado, à cirrose”, afirma.

A doença é muito associada ao alcoolismo, mas essa não é a sua única causa. A cirrose é causada por inflamações e lesões no fígado, que levam do mau funcionamento do órgão até à falência completa, nos casos mais graves.

Na época, o irmão mais velho das gêmeas, James, de 23 anos, doou parte do fígado para a caçula. Hoje, entretanto, Márcia afirma que o rapaz já está completamente recuperado, e seu órgão, regenerado.

Cirrose em bebês: quando acontece?

De acordo com Rogério Alves, hepatologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a cirrose em bebês é ocasionada, geralmente, por um defeito genético.

No caso de Yanne, o médico, que não tem relação com o caso, supõe que tanto a gravidez tardia da mãe quanto este possível defeito genético tenham sido dois agravantes para o parto prematuro.

Apesar de descartar a relação entre a infecção hospitalar e o problema hepático da bebê, Alves acredita que o diagnóstico tardio pode, sim, ter complicado o caso.

Ele explica que, como ocorre em qualquer outra doença, quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de recuperação sem sequelas, como a necessidade de um transplante de órgãos. 

Tratamento

“A pessoa que recebe o transplante de fígado pode ter uma vida normal”, assegura o especialista.

As únicas recomendações para pacientes transplantados são a administração de medicamentos prescritos e o acompanhamento para assegurar que o corpo não rejeito o novo órgão. Segundo Alves, isso deve ser feito para toda a vida.

A periodicidade com que deverá ser feito esse acompanhamento, por outro lado, deve ser analisada caso a caso, mas não é nada que impeça o indivíduo de viajar ou desenvolver atividades como qualquer outra pessoa, tranquiliza o médico.

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