Atualmente, falar sobre saúde mental e problemas relacionados a ela é corriqueiro, mas a situação não era a mesma há algumas décadas – e o relato da atriz Lilia Cabral sobre ter enfrentado uma síndrome do pânico após a morte da mãe quando ela era mais jovem mostra como é difícil lidar com algo assim.
Lilia Cabral relembra síndrome do pânico
Em um papo com o cantor Gilberto Gil no programa “Amigos, Sons e Palavras” (Canal Brasil), a atriz comentou que não se dava muito bem com os pais e que, após a morte de sua mãe, ela desenvolveu síndrome do pânico – algo que, na época, não foi diagnosticado desta maneira.
“Quando ela faleceu, eu tive síndrome do pânico, mas naquela época a gente não sabia detectar, não se falava disso. Era uma angústia que vem muito forte, o coração bate, bate, bate, era físico. Isso, depois que você tem, fica para sempre. Não tenho agora, mas sei a sensação”, comentou ela, estabelecendo uma ligação entre o pânico e a relação que tinha com a mãe.
“Percebi que eu não tive a oportunidade de tudo aquilo que tenho com a minha filha. Quando ela se foi, era como se dissesse assim: ‘E agora? O que é que eu faço com esse sentimento todo?’. Aí veio a taquicardia, o pensamento, a angústia, a necessidade de botar para fora. Mas, ao mesmo tempo, para quem? Por quê?”, disse ela.